Saúde prevê suplementação orçamentária de mais de R$ 46 milhões em 2025

Afirmação foi feita na tarde desta sexta-feira (28) pelo secretário municipal de Saúde de Maringá Antônio Carlos Nardi durante a apresentação na Câmara do relatório do ano de 2024. Antes da Audiência Pública de hoje, documento foi aprovado com ressalvas na terça-feira, 25 pelo Conselho Municipal de Saúde. Titular da pasta indica percurso para melhorar a performance na melhoria da gestão dos recursos e na redução do absenteísmo de pacientes a agendamentos

Na foto, o secretário de Saúde de Maringá Antônio Carlos Nardi que indicou o caminho da melhoria na gestão e redução do absenteísmo de pacientes como modo de melhorar performances

Os recursos que a Lei Orçamentária Anual do município de Maringá – (LOA) – aprovou para o ano de 2025 não vão ser suficientes para atender a todas as necessidades da secretaria de Saúde. A informação foi divulgada pelo secretário Municipal Antônio Carlos Nardi na tarde desta sexta-feira (28) durante uma Audiência Pública na Câmara Municipal. Durante mais de três horas o secretário analisou o relatório do 3º quadrimestre e também o documento relativo ao ano de 2024, ou seja, ainda da gestão de Ulisses Maia.

O documento que tem 23 páginas foi apresentado para um público formado basicamente por servidores da pasta, membros do Conselho Municipal e para apenas sete dos 23 vereadores da Casa de Leis.  De acordo com o titular da pasta, esse ano, mesmo com aumento da dotação que passou de R$ 654.924.019,00 para R$ 793.601.385,00, ainda vão ser necessários no mínimo R$ 46.728.335,01 de suplementação. Nardi explica que não há razão para alarmismo, porque em 2024 a suplementação foi bem maior, tocando os R$ 188.178.488,95.

Para tentar solucionar o problema que ele classificou como “falta de eficiência”, Nardi defendeu melhoria na gestão e na redução do absenteísmo a exames e consultas agendadas. De acordo com o relatório do ano anterior, 19,65 pacientes a cada 100, ou seja quase 20% não compareceram ao compromisso diante do médico, estrutura clínica ou hospitalar para receber a prestação do serviço. Esse tipo de comportamento dos pacientes, diz Nardi, “além de impactar economicamente no caixa do município, faz com que a fila de espera continue grande”. O secretário diz que atualmente a fila que inclui outros serviços como cirurgias eletivas e outros procedimento, passa de 135 mil pessoas atualmente.

Antes de chegar à Audiência Pública de hoje, o relatório da Saúde em 2024 foi apresentado aos membros do Conselho Municipal de Saúde que aprovou o documento com ressalvas. O motivo das restrições estão no relatório que pode ser lido na íntegra logo abaixo e também na entrevista que o secretário municipal concedeu a a OFATOMARINGA.COM e a outros veículos de comunicação. Segundo ele, somente 30 das metas foram alcançadas, e que isso equivale a 62,3% de aproveitamento pleno dos recursos. Na entrevista, Nardi também dá indicações sobre quais ações pretende implementar na gestão para melhorar a performance no atendimento e aumentar o aproveitamento dos recursos. Participaram da Audiência Pública, os vereadores Sidnei Telles que também é presidente interino da Casa, Ana Lúcia e Lemuel do Salvando Vidas pelo PDT, Uilian da Farmácia (UB), Luiz Neto (Agir), Flávio Mantovani (PSD) e Gisele Bianchini (PP).