O contrato assinado na tarde desta quarta-feira, 6, pelo vice-prefeito de Maringá Edson Scabora, pelo secretário de Urbanismo e Habitação Estevão Palmieiri e por uma construtora da região, vai reduzir a fila da casa própria na cidade em 288 unidades. mas ainda assim, há mais de 8 mil famílias aguardando na fila.
Scabora enfatiza o sucesso da política pública que já rendeu prêmios ao município, como o conquistado com o Programa Zonas Especiais de Interesse Social (ProZeis), que ficou em 1º lugar no Prêmio Cidades Sustentáveis.
“Acreditamos que com o ProZeis e com outros programas que mantemos, em dois ou três anos nós vamos zerar a fila da casa própria em Maringá”, afirmou o vice-prefeito Scabora. Outro fator que o vice-prefeito fez questão de enfatizar, é o do círculo econômico virtuoso que as moradias sociais doam ao município. Segundo ele, só através do ProZeis, já foram injetados na economia maringaense mais de R$ 600 milhões.
O Residencial Padre Geraldo Schneider está sendo construído pelo sistema Minha Casa, Minha Vida, e como será construído em um terreno de 18 mil m² doado pela prefeitura no Jardim Tarumã, vai custar menos que as casas do ProZeis. O conjunto terá 288 apartamentos de 48m², com sala e cozinha conjugadas, dois quartos, banheiro e sacada com área de serviços e churrasqueira.
O condomínio contará ainda com salão de festas, brinquedoteca, quadra poliesportiva e playground.
Com a doação do terreno, o custo do financiamento será 25% menor do que os construídos pela ZEIS. Scabora, Palmieri e também o diretor de habitação Márcio Lorin, explicam que os esforços para oferecer inclusão social a maringaenses que não tem casa, passa pela adaptação da oferta à capacidade de pagamento das famílias.
A redução de 25% no custo vai propiciar subsídios de até R$ 75 mil, e as prestações serão a partir de R$ 400,00 mensais. Entre os subsídios possíveis, estão R$ 20 mil através do programa Casa Fácil do Governo do Estado e pelo Minha Casa Minha Vida que beneficia famílias com renda menor que dois salários mínimos.
“Estamos demonstrando que é possível fazer política pública e inclusive requalificar o espaço onde as moradias são construídas, inserir as pessoas em locais onde antes elas não teriam acesso, e tudo isso de forma sustentável, com qualidade, com instrumentos públicos e toda a infraestrutura necessária”, disse o secretário Palmieri em entrevista a OFATOMARINGA.COM
“Os prêmios que o município ganhou à nível nacional atestam que não estávamos delirando quando dizíamos que era possível usar os vazios públicos para construir moradias populares. Quando o outro diz que aquilo que a gente pensou funcionou, a gente tem um reforço positivo de continuar fazendo moradias populares em locais de Maringá que antes era proibitivo por causa dos altos custos dos terrenos. Para chegarmos a esse resultado, foi necessário muita conversa com o setor imobiliário, com o Sinduscon, com a sociedade nas audiências públicas e essa política deixou de ser da nossa gestão para ser uma política da sociedade, uma política pública e de Estado”, ressaltou Lorin.
Além do Minha Casa, Minha Vida e do ProZeis, o município tem buscado outras alternativas para construções de moradias populares. No próximo dia 16, a prefeitura deve entregar 20 casas construídas com fundos próprios, e além disso, existe também a possibilidade de construção de moradias através do Programa Fundo de Arrendamento Residencial. O FAR foi implementado pelo Governo Federal em parceria com os Estados e Municípios e gerido pelo Ministério das Cidades.