Com a diretriz impressa na capa do documento, “garantir acesso da população à serviços de qualidade”, o secretário municipal de saúde de Maringá Marcelo Puzzi, abriu na tarde desta quarta-feira, 24, a apresentação do relatório do 3º quadrimestre da pasta em 2.020, período em que ele ainda não ocupava o cargo. Puzzi elogiou o trabalho dos profissionais que realizaram o documento, e disse que “tudo foi feito respeitando os protocolos de execução”, e que isso facilita a compreensão dos dados e mostra a transparência com que a secretaria tem sido dirigida.
Coube a ex-secretária interina da saúde, Maria da Penha, funcionária de carreira na diretoria de vigilância sanitária, fazer a leitura do documento e a apresentação dos dados.
O documento analisa centenas de ítens e traz também dados de períodos e anos anteriores para efeito de comparação.
O relatório mostra por exemplo que o total óbitos em acidentes em 2.020 é 6% menor do que em 2.019, e 20% menor em relação a 2.018. O lockdown de março contribuiu com a formação da cifra menor, 66 mortes em 2.020 contra 70 em 2.019, e 82 em 2.018.
Os números também mostram aspectos negativos em relação ao comportamento da cidadania. Em 2.020, sete dos pacientes que estavam sendo tratados de tuberculose abandonaram o tratamento, alguns desses, e outros tantos acometidos por outras patologias relataram que tinham medo de contrair Covid indo a hospitais.
Veja as entrevistas com o presidente do Conselho Municipal de Saúde Carlos Rodrigues e com o conselheiro Aparecido da Silva
O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Carlos Rodrigues que já conhece profundamente os dados apresentados hoje, diz que “a saúde de Maringá ficou prejudicada em 2.020 devido à pandemia. Muitos serviços deixaram de ser realizados”, diz Rodrigues, “visitas dos agentes comunitários de saúde deixaram de ser feitas, e isso trouxe um pouco de prejuízo para a população. O presidente do Conselho diz que é compreensível porque fomos pegos de surpresa pela pandemia, mas agora com os agentes e pessoal da saúde vacinados temos que nos preocupar com outras áreas para poder retomar com as cirurgias eletivas que num futuro breve podem aumentar a necessidade de atendimentos de urgências e emergências.
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