Diante da pequena quantidade de vacinas destinadas ao prosseguimento da campanha de vacinação contra a Covid, a lei que deveria ajudar a acelerar o retorno às aulas nas escolas de educação básica em Maringá, por enquanto fica só no papel. Na semana passada se chegou a anunciar que Maringá receberia um lote de cerca de 18 mil vacinas, mas na sexta-feira, 2, veio a decepção. Para Maringá, assim como para todo o Paraná chegaram pouquissimas doses; pouco mais de quinhentas no caso da cidade canção. A cidade já está há 6 dias vacinando somente com a segunda dose, idosos e profissionais de saúde que já completaram o tempo para receberem novamente o imunizante, enquanto isso, a lei fica no papel e a vacinação na cidade não avança.
Na manhã desta terça-feira, 6, a redação de O FATO MARINGÁ, questionou dois dos três vereadores que fazem parte da Frente Parlamentar de Educação, autores da lei que foi aprovada e sancionada pelo prefeito Ulisses Maia, que teria feito uma ressalva;
“A aplicacão da lei depende de disponibilidade de vacinas por parte do Ministério da Saúde”.
Maringá já tem 493 mortes em apenas 96 dias de 2021. Nos 295 dias de pandemia em 2020, os óbitos foram “somente”, se diz para enfatizar o agravamento, 307.
Veja as entrevistas com os veredores Ana Lúcia Rodrigue (PDT) e Onivaldo Barris (PSL) –
componentes da Frente Parlamentar da Educação na Câmara que se completa com o vereador Mário Verri (PT)
ENTENDA O CASO:
O prefeito de Maringá Ulisses Maia sancionou a Lei 11.245 que antecipa a vacinação de profissionais da educação básica do município, nas redes pública e privada, para a segunda fase do plano de imunização contra o Covid-19. De acordo com a lei municipal, o grupo da educação seria incluído junto com idosos com idades entre 60 e 69 anos.
O prefeito porém teria feito uma ressalva: “A aplicação da lei depende da quantidade de vacinas que o município receberá do Ministério da Saúde”. Na sexta-feira, 2, a cidade recebeu pouco mais de 400 doses, quantidade ínfima que não permite ao município anunciar o start para a vacinação deste novo grupo, já que não atende nem mesmo a demanda de idosos. Há pelo menos quatro dias que a cidade só vacina idosos com a segunda dose. Até esta segunda-feira, 5, a vacinação para idosos que tem direito à primeira dose está parada. A última faixa etária a receber a primeira dose foi a de 67 anos, na quarta-feira, 31.
A proposta é resultado do projeto 15.848/2021, de iniciativa dos vereadores Ana Lúcia Rodrigues, Mário Verri e Onivaldo Barris, da Frente Parlamentar da Educação, em conjunto com o vereador Dr. Manoel Sobrinho. Considerando a importância da matéria, os demais edis rubricaram o texto. Fazem parte desse grupo os profissionais que exercem suas atividades em estabelecimentos de educação infantil (creches e pré-escolas), ensino fundamental, ensino médio, ensino profissionalizante e educação de jovens e adultos. No final de março, o governador Ratinho Junior informou que os profissionais da educação e os policiais, da rede estadual, deverão ser agrupados às pessoas de 18 a 59 anos com comorbidades, na lista de vacinação. Com isto, a expectativa da retomada das aulas presenciais é para maio.
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