As semifinais da Copa do Mundo do Catar trazem uma grande surpresa, duas confirmações e apenas uma das chamadas favoritas desde sempre.
Se Marrocos surge como grande novidade e zebra do certame 2022, a França aparece como seleção que se confirma entre as grandes, afinal já venceu duas Copas; 1998 e 2018, e chega novamente ás semifinais com números impressionantes.
Sobre a Croácia não podemos dizer que é uma novidade. A seleção comandada por Modric foi vice-campeã em 2018 na Rússia e chegou às semifinais em 2014; agora se confirma seleção de ponta, portanto só sobrou a Argentina representando os dinassauros papadores de Copas.
Se até 1998 era impensável imaginar a ausência de pelo menos uma das bigs nas semifinais, como Brasil, Alemanha, Itália que nem na Copa está, Uruguai e Inglaterra, que juntos somam 17 dos 21 troféus já disputados desde 1930, de lá para cá a coisa vem mudando. A Espanha venceu em 2010, mas ficou nisso; é temida, mas não está chegando e por isso não pode ser considerada big.
Marrocos já havia mostrado intimidade com a bola em 1982, mas era um futebol jovem, relapso, que gostava de firulas e pouco objetivo; hoje não, é fruto de um movimento apaixonado pelo esporte que arrasta multidões aos estádios. É a globalização do futebol, ou seria a Fifalização ? O futebol está em todo o mundo e jogadores do mundo inteiro estão espalhados nos melhores e maiores campeonatos do esporte no mundo, sobretudo na Europa.
Certo é que, adeus a essa história de camisa que mete medo. O que mete medo é a raça dos argentinos combinado com o talento de Messi, e o mesmo se pode dizer dos croatas e do gênio Modric. Quanto a Marrocos, jogam em casa, são fortes, jogam um jogo objetivo, vertical e não desistem nunca de uma bola perdida. A França tem Mbappè, e esse garoto joga como um Pelé. Já tem uma Copa, já fez 9 gols em Copas e acredito que pode arrastar a França à conquista do tri. Bola para isso eles têm.
Aquilo que achavamos que era zebra, na verdade é só a nova realidade.
Bife de ouro, dancinhas coreografadas, samba no ônibus e bater em animais, não devem fazer parte da conduta de seleções.