Sindicato dos Bancários lidera reunião sobre segurança no centro de Maringá

Esmolas e titulo de melhor cidade para se viver aparecem entre as criticidades apresentadas pelo grupo.

Preocupados com aquilo que classificam como “grave problema da insegurança na região central de Maringá”, o Sindicato dos Bancários organizou e sediou nesta terça-feira uma reunião com a presença das autoridades de segurança, Prefeitura, Câmara Municipal, assistência social, OAB, Associação Comercial (Acim), Conselho de Segurança (Conseg), associação de moradores, comerciantes, prestadores de serviço, profissionais liberais e trabalhadores.

“A reunião foi extremamente importante. Incialmente, tínhamos por objetivo tratar da insegurança no centro da cidade, mais especificamente nas imediações da praça Raposo Tavares, Terminal Urbano, Avenida Getúlio Vargas e Brasil, no entanto, avançou para outras regiões e bairros”, aponta o presidente do Sindicato, Claudecir de Souza, que conduziu o encontro.

Os participantes relataram grande preocupação com o aumento do consumo e tráfico de drogas na região, central de Maringá. Eles relatam roubos, assaltos, aliciamento, prostituição e outras situações, que levam medo e insegurança para todos que vivem, possuem seu negócio, trabalham ou transitam por este espaço. A região abriga também várias agências bancárias, o que coloca em risco tanto clientes como os trabalhadores bancários.

MINI CRACOLÂNDIA
Para o presidente do sindicato, após a reunião, que durou mais de três horas, “ficou bastante claro que tem de haver o envolvimento de toda a sociedade, seja a sociedade civil organizada, prefeitura e suas secretariais, as polícias civil, militar, ministério público e todos os entes que fazem parte da cidade”. “É importante que todos estejam engajados, participem, pois somente assim conseguiremos tirar a cidade da situação em que ela se encontra, pois se não for feito nada vamos vivenciar e presenciar uma mini cracolândia aqui em Maringá. A situação está bastante grave, o efetivo policial é pequeno diante do crescimento populacional, e os órgãos municipais, estaduais e federais não avançaram na mesma proporção”, relata o presidente.

 

MAIS POLICIAMENTO

Na reunião, os representantes da Polícia Militar e Guarda Municipal assumiram compromisso imediato de trabalharem em conjunto no centro da cidade, com presença efetiva para coibir delitos.

“Outras ações, com efeito mais a médio e longo prazo, serão discutidas nas próximas reuniões, que irão acontecer em data a ser agendada”, frisa o presidente do Sindicato.

Um grupo de trabalho foi criado com a participação de representantes das entidades presentes. Uma das cobranças que o gupo pretende, é a revitalização da praça Raposo Tavares e arredores, com melhor iluminação, retirada de muretas e outros pontos utilizados para consumo de drogas, instalação de mais câmeras de segurança, elaboração de programas mais efetivos de acolhimento de moradores de rua e recuperação de viciados em drogas, apoio à campanha contra doação de esmolas, projeto para concentrar em um único lugar programa para tratamento contra as drogas, inclusão de pesquisadores das faculdades, disponibilização de cursos alternativos e profissionalizantes e rediscussão das campanhas que enaltecem a cidade como melhor para se viver.