O fenômeno batizado de “sommelier de vacinas” começou a surgir em Maringá com a variada oferta de imunizantes que o município tem recebido do Ministério da Saúde via Governo do Estado. Atualmente a cidadania tem à disposição quatro marcas de vacinas que produzem imunidade acertada e verificada pela Anvisa. Com várias marcas à disposição, alguns maringaenses, não muitos, se dirigem às unidades básicas de saúde à procura de uma determinada marca que lhes parece mais adequada, ou ainda simplesmente porque não confiam em uma determinada vacina. Não há registros concretos de quantas pessoas se dirigiram às UBSs, enfrentaram filas e no momento da vacinação decidiram não se vacinarem porque não querem o imunizante que está à disposição.
Os vereadores Onivaldo Barris (PSL), autor do projeto em parceria com Sidnei Telles (Avante) e Alex Chaves (MDB), elaboraram um projeto de Lei que tem como objetivo coibir esse tipo de prática. De acordo com o texto do projeto de Lei número 16022/2021, a recusa da imunização comportará punições que vão desde o envio do cidadão para o fim da fila do Plano Nacional de Imunização – PNI. O cidadão punido poderá também aguardar períodos em que o Executivo Municipal determinar realização de repescagem de idades, e novamente nesse caso, não poderá escolher qual vacina quer tomar.
Caso a Lei passe na Câmara, o cidadão passará a ter cinco dias para comparecer ao posto de saúde para receber sua dose a partir da data que o imunizante estará disponível para a sua idade. O projeto gerou algumas discussões na sessão desta quinta-feira, 8, e o primeiro signatário da futura Lei decidiu retirá-lo de pauta por duas sessões para que os vereadores possam debate-lo mais antes da votação.
O vereador Sidnei Telles, defende a aprovação do texto. O edil conversou com a equipe de O FATO MARINGÁ e explicou os motivos que os levaram a propor tais medidas.