Greta Thunberg publicou um vídeo-alerta no Dia Mundial da Terra – Direitos de autor Jon Sayers /BBC Studios/PBS via AP
A sueca Greta Thunberg disse ser “uma vergonha” que em 2021 ainda existam governos a subsidiar a exploração de combustíveis fósseis com o dinheiro pago pelos contribuintes.
A afirmação da jovem ativista, agora com 18 anos, surgiu numa sessão paralela da Cúpula de Líderes pelo Clima, perante o subcomité de supervisão ambiental da Câmara de Representantes dos Estados Unidos.
Thunberg foi convidada a testemunhar sobre a questão dos apoios à exploração dos combustíveis fósseis e teve o apoio de Ro Khana, o deputado democrata que lidera o referido subcomitê de supervisão ambiental e disse que o fato de ainda existirem estes subsídios “é uma prova clara de que ainda percebemos a emergência climática de todo”.
O Fundo Monetário Internacional calcula que os apoios estatais, diretos ou indiretos, às empresas de petróleo, gás e carvão totalizaram em 2017 mais de cinco biliões de dólares, se forem também contabilizados os custos da poluição emitida livremente.
Ro Khana considerou que os subsídios à exploração de combustíveis fósseis “estão fora de prazo e têm de acabar”.
A audiência decorreu em pleno Dia mundial da Terra, uma data aproveitada pela ativista sueca para também lançar um novo vídeo-alerta sobre a urgência de se passar rapidamente das palavras à ação na defesa do Planeta.
As promessas europeias na luta às alterações climáticas
No painel principal da Cúpula dos de Líderes promovida pelo Presidente dos Estados Unidos, esta quinta e sexta-feira, a chanceler Angela Merkel garantiu a intenção de a Alemanha cumprir os ambiciosos objetivos ambientais traçados quarta-feira pela União Europeia: cortar 55% das emissões poluentes até 2030, 15% acima do acordado e com base nos níveis de há 30 anos.
Merkel mostrou-se ainda satisfeita com a sintonia manifestada pelo presidente Joe Biden no novo plano ambiental dos Estados Unidos, comprometendo-se a tomar as medidas necessárias para que o maio emissor de gases com efeito de estufa do mundo corte mata metade as respetivas emissões até 2030.