TEMPORAIS: “Alteração dos ciclos hidrológicos é consequência do desequilíbrio ambiental no planeta

"Estudamos soluções para minimizar eventos climáticos extremos", explica Mestre em Engenharia Ambiental da Prefeitura de Maringá, "Soluções vão desde a atenção com a arborização até a criação de novas áreas permeáveis como os Jardins de Chuva. Coletores de resíduos que estão sendo instalados nas bocas de lobo fazem parte das várias soluções que ajudarão a resolver o problema".

TEMPORAIS: "Alteração dos ciclos hidrológicos é consequência do desequilíbrio ambiental no planeta; estudamos soluções para minimizar eventos climáticos extremos" explica Mestre em Engenharia Ambiental da Prefeitura de Maringá 
                
                    Soluções vão desde a atenção com a arborização até a criação de novas áreas permeáveis como os Jardins de Chuva. "Coletores de resíduos que estão sendo instalados nas bocas de lobo fazem parte das várias soluções que ajudarão a resolver o problema"

As alterações climáticas provocadas pelo aquecimento global se repercutem cada vez com mais frequência também sobre a região de Maringá. Depois de superar um longo período de estiagem que está provocando entre outras coisas, quebra de mais de 70% na safra de soja, agora é a vez das chuvas torrenciais em períodos breves atingirem o território pé vermelho.

“Estamos passando por uma alteração dos ciclos hidrológicos no mundo todo, e pudemos observar isso no Brasil recentemente”, explica o Mestre em Engenharia Sanitária e Ambiental da Prefeitura de Maringá – Henrique Azevedo Silveira. O engenheiro afirma que eventos extremos como o que aconteceu em Petrópolis, é exemplo de como o aquecimento global está potenciando o  desequilíbrio ambiental, e Maringá não faz exceção.

“O planejamento urbano estuda soluções capazes de minimizar e despotencializar as consequências desses eventos climáticos extremos que serão cada vez mais frequentes”, esclarece Silveira

A análise de Silveira ocorre em seguida às fortes chuvas que caíram sobre o território maringaense na tarde de terça-feira, 22, quando várias áreas da cidade passaram por inundações que culminaram até mesmo com ingentes danos na pista emborrachada do Parque do Ingá.

Veja a entrevista que o engenheiro Silveira concedeu a O FATO Maringá

 

EM BUSCA DE SOLUÇÕES

Uma das várias soluções que começam a ser implementadas na cidade contempla a instalação de caixas coletoras de resíduos nos bueiros; o objetivo, é evitar que entupimentos prejudiquem a vazão das águas da chuva através das galerias pluviais.

“É uma ferramenta muito importante que representa um passo inicial que impedirá que o lixo entupa bueiros e galerias, mas que também vão facilitar a limpeza das bocas de lobo que existem justamente para auxiliar no escoamento da água”, diz Silveira.

Sobre a redução de áreas permeáveis na cidade, especialmente no centro da cidade por causa do aumento de construções, o engenheiro explica “que todas obedecem regramentos técnicos, análises e vistorias da Secretaria de Obras Públicas e só recebem aprovação definitiva diante do cumprimento de todas as normativas, mas os novos eventos climáticos nos obriga a buscar novas soluções afim de minimizar o potencial das ocorrências que não podem ser evitadas”.

As soluções vão desde a instalação de mais áreas permeáveis, atenção à reposição da arborização e até de canteiros com áreas de contenção de água. Os “Jardins de Chuva” – (espaços projetados em pequenas depressões com presença de plantas que facilitam a retenção e a absorção e o escoamento da água) – ajudam a modificar os pontos nevrálgicos e levam a uma readaptação nos ambientes onde há possibilidade de instalá-los.