O indicativo de greve foi aprovado na manhã de ontem (9), durante uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Motoristas Rodoviários de Maringá, no Terminal Intermodal e nas garagens das companhias concessionárias TCCC e Cidade Verde.
Antes que se chegasse a essa decisão, outros episódios tornaram a situação mais tensa na relação entre patrões e empregados.
O último aconteceu dia 31 de agosto, quando representantes da categoria pediram ao prefeito de Maringá de intervir junto às empresas, para que uma nova rodada de negociação fosse aberta, mas apesar de o prefeito se mostrar disponível e interessado em ajudar a resolver o problema, por enquanto a medida ainda não surtiu nenhum efeito prático.
Em capítulos precedentes dessa novela que tem como protagonistas trabalhadores e patrões, houve protesto nas garagens e uma decisão judicial que favoreceu as empresas. Há exatos 30 dias, os trabalhadores das duas empresas de transporte público urbano e metropolitano realizaram um protesto em frente às garagens das concessionárias, reivindicando sobretudo a conclusão da negociação sobre a data-base da categoria. Na ocasião, o líder sindical Emerson Viana Silva disse que “as empresas estariam se recusando a assinar a renovação do acordo coletivo da categoria”.
Um dia após o protesto, o TRT estipulou uma multa ao sindicato de R$ 100 mil por dia, caso acontecessem novas ações para impedir a circulação do transporte coletivo. O sindicato se justificou dizendo que não houve nenhuma tentativa de paralisar o serviço, e que aconteceu apenas “o retardo de 2 minutos na saída de aproximadamente 40 ônibus, entre 4h30 e 6h30 da manhã”.
Os trabalhadores aprovaram a Pauta de Reivindicação, que inclui a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A assembleia concedeu poderes para o Sinttromar convocar greve e ajuizar dissídio coletivo no caso de insucesso nas negociações. Também foi aprovada pela categoria a condição de caráter permanente para a assembleia.