O Fato Maringá
No Result
View All Result
  • Home
  • WEBTV
  • MARINGÁ
  • GERAL
  • PARANÁ
  • NACIONAL
  • INTERNACIONAL
  • POLÍTICA
  • ESPORTES
  • CULTURA
  • ARTIGOS
  • OFATO.DOC
  • Home
  • WEBTV
  • MARINGÁ
  • GERAL
  • PARANÁ
  • NACIONAL
  • INTERNACIONAL
  • POLÍTICA
  • ESPORTES
  • CULTURA
  • ARTIGOS
  • OFATO.DOC
No Result
View All Result
O Fato Maringá
No Result
View All Result
Home MARINGÁ

UEM obtém patente de “fungo magnético” capaz de extrair corantes de águas

Pesquisadores Luiz Cótica, Andressa Polli e Julio Polonio criam alternativa sustentável para tratar efluentes da indústria têxtil

Por O Fato Redação
03/07/2025
em MARINGÁ
foto: ASC/UEM

foto: ASC/UEM

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) conquistou mais uma concessão de carta-patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A invenção tem potencial para remover corantes de efluentes da indústria têxtil e recebeu o título: “Processo de obtenção de nanobiocompósito de Aspergillus flavus endofítico e nanopartículas magnéticas (Fe3O4) com potencial de biorremediação de corante e sua reutilização”. Os pesquisadores esperam que a tecnologia possa ser aplicada em escala industrial e venha contribuir significativamente para a redução da poluição hídrica.

A pesquisa teve início com o professor João Alencar Pamphile, do Departamento de Biotecnologia, Genética e Biologia Celular (DBC), falecido durante a pandemia; Andressa Domingos Polli, então doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Ambiental (PBA) e atualmente professora do DBC; e o professor Luiz Fernando Cótica, do Departamento de Física (DFI). Os estudos também contaram com a dedicação dos pesquisadores Julio Cesar Polonio, Bianca Rosini, Halison Correia Golias, João Lúcio Azevedo, Marcos Alessandro dos Santos Ribeiro, Raquel Dosciatti Bini, Rosane Marina Peralta e Verci Alves de Oliveira Junior.

Segundo a professora Polli, a ideia de criar um “fungo magnético” surgiu da colaboração entre o professor Pamphile e o professor Cótica, a partir da proposta de associar fungos endofíticos (microrganismos que habitam o interior das plantas) com nanopartículas magnéticas. “Pensamos: por que não associar esse microrganismo às nanopartículas, que já são amplamente estudadas na biotecnologia, para facilitar sua remoção do ambiente?”, explica. O resultado foi a criação de um nanobiocompósito com capacidade de biorremediar águas contaminadas com corantes e ser removido posteriormente por meio de campos magnéticos.

O nanobiocompósito apresenta eficácia de até 96,1% de descoloração do corante RB5 no primeiro uso, bem como em sua reutilização (89,0%). Em bioensaios toxicológicos com sementes de alface (Lactuca sativa), verificou-se que o nanobiocompósito apresenta alta redução da toxicidade do meio contendo o corante RB5.

A aplicação imediata da tecnologia foi pensada para tratar efluentes da indústria têxtil, conhecida pelo alto volume de corantes descartados. “A patente é específica para contaminação por corantes, mas já estamos otimizando o composto para outros poluentes, como metais pesados”, destaca Polli.

Fusão da biotecnologia e física

O professor Cótica relembra que a parceria com Pamphile começou em meados de 2015, em uma conversa informal sobre a possibilidade de unir a nanotecnologia, área em que atua, com os microrganismos estudados pela biotecnologia. “Começamos com nanopartículas magnéticas porque facilitariam a separação dos contaminantes do meio. E funcionou muito bem. Os fungos aceitaram bem as nanopartículas, sem prejuízo para sua atividade ou crescimento”, ressalta.

Ele ressalta que a interação entre nanopartículas e fungos ocorre tanto no interior quanto na parede celular, e que a biomassa resultante não libera as nanopartículas com facilidade. “Visualmente conseguimos ver que as nanopartículas permanecem aderidas à biomassa”, diz. Para que a tecnologia avance, no entanto, ele lembra: “Ainda precisamos escalar a produção. Provamos que funciona em bancada, mas falta apoio financeiro ou parceria com empresa para chegar ao mercado”.

Diferencial da patente

Para o professor Polonio, o grande diferencial da patente é a inovação da associação entre um microrganismo vivo e nanopartículas magnéticas. “Fungos já são usados para biorremediação, mas não dessa forma. A ideia é como se criássemos uma esponja que absorve o poluente e depois pode ser retirada do ambiente com um ímã”, explica.

O sistema também se destaca pela segurança: os testes mostraram que não há toxicidade no nanobiocompósito, que é bem tolerado pelo fungo e não compromete seu crescimento. “Foi algo que deu muito certo. O fungo aderiu às nanopartículas, que podem ser vistas tanto na superfície como no interior celular. E, o mais importante: conseguimos manipulá-lo com campo magnético”, afirma Polli.

Próximos etapas

Com a patente concedida, os pesquisadores agora buscam apoio para escalar a tecnologia. “Temos a ajuda do NIT (Núcleo de Inovação Tecnológica), que pode intermediar o contato com empresas. Com apoio, poderemos desenvolver sistemas como filtros ou membranas que usem o nanobiocompósito em maior escala”, comenta Polli.

O professor Cótica complementa: “Estamos na metade do caminho. Falta apoio para transformar esse resultado de bancada em um produto que possa, de fato, chegar ao mercado e contribuir para um futuro mais sustentável”. ASC/UEM

Tags: andreza poliapoiobiologisbiorremediarbiotrcnologiaendofolicosestudosextensãofungodjoão alencar pamphileluiz fernando coticamagneticopesquisasustentabilidadetecnologiauemuniversidade estadual de maringá
CompartilharTweetEnviar

Notícias Relacionadas

Imagens de Pedro Cosme / LEC-UFPR
PARANÁ

Filhote de baleia avistado em Pontal é semi-albino

Por O Fato Redação
16/07/2025

https://www.youtube.com/watch?v=xeWxlvQLBZw A equipe do Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC-UFPR) informou nesta terça-feira (15) que o filhote de baleia-franca-austral acompanhado...

Read more

Projeto da AGU chega ao Paraná para estimular inovação nas procuradorias

UEM: Vestibular de Inverno tem o menor índice de ausentes dos últimos 16 anos

Banco Mundial apoia estratégia de hidrogênio verde do Ceará, no Brasil

Especialistas mostram pejotização como fraude que precariza jornalismo

Arraiá da UEM será neste sábado no estacionamento do Restaurante Universitário

Lula diz que Brics seguirá discutindo alternativas ao dólar

Etapa universitária da Conferência Estadual do Esporte ocorrerá na UEM

Salário de R$ 10,7 mil: UEM abre seleção para professores de Botânica e Agroecologia

Outras notícias
FOTO: PCPR

PCPR prende oito pessoas em operação contra o tráfico de drogas no Norte do Paraná

FOTO: RICARDO STUKERT/PR

Brasil assume Mercosul com proposta de mais integração regional

POMODORO COMUNICAÇÃO SOCIAL – LEONEL GROUP LTDA
Portal de Notícias e Web tv O FATO MARINGÁ
CNPJ 27.518.807/0001-77
Avenida Carlos Gomes, 146 – Sobreloja – Zona 5
CEP – 87.015-200 – Maringá – Paraná
Telefone (44) 9 9713 0030

Redação:

Editor Chefe: José Carlos Leonel – MTBE 0011979/PR
Ligiane Ciola: Jornalista Responsável – MTBE – 30014

No Result
View All Result
  • WEBTV
  • MARINGÁ
  • GERAL
  • PARANÁ
  • NACIONAL
  • INTERNACIONAL
  • POLÍTICA
  • ESPORTES
  • CULTURA
  • ARTIGOS
  • OFATO.DOC