UEM publica nota de esclarecimento para rebater dados publicados pela Comissão de Política Salarial do Governo que indicam “excesso de gastos com pessoal em 2009” nas universidades estaduais

"Gastos com horas extras cobre déficit de pessoal", diz pró-reitor de Recursos Humanos Luís Otávio Goulart

UEM publica nota de esclarecimento para rebater dados publicados pela Comissão de Política Salarial do Governo que indicam "excesso de gastos com pessoal em 2009" nas universidades estaduais
                
                    "Gastos com horas extras cobre déficit de pessoal", diz pró-reitor de Recursos Humanos Luís Otávio Goulart

A Universidade Estadual de Maringá através de sua assessoria de imprensa, enviou à redação de O FATO MARINGÁ, uma nota de esclarecimento rebatendo as afirmações feitas pela Comissão de Política Salarial do Governo do Estado e publicadas por este veículo em conformidade com informações constantes no site da Agência Estadual de Notícas, que indicam “gastos excessivos com pessoal no ano de 2019 em todas as universidades estaduais.” 

Leia a matéria sobre as afirmações da Comissão de Política Salarial do Governo do Estado

Na nota, o pró-reitor da UEM, Luís Otávio Goulart, justifica os gastos com horas extras afirmando que “na sua maioria, foram destinadas a suprir a falta de servidores”. Goulart diz ainda que “a UEM tem um déficit de 913 servidores e que só em 2019 a instituição teria perdido 267 servidores”. Sobre a afirmação do Estado que, a extras estariam sendo pagas principalmente a servidores que recebem salários superiores a R$ 40 mil, o pró-reitor de recursos humanos refuta afirmando que “o gasto com extras em 2019 foram destinados ao pagamento de zeladoria, vigilância e serviços gerais, além do Hospital Universitário, que sem os serviços extraordinários, certamente, teria comprometida a capacidade de atendimento à população”. Segundo Goulart, “é possível identificar uma sensível redução no pagamento da folha ao longo do primeiro semestre, especialmente pelo grande volume de aposentadorias”.

Ao final da nota, a UEM publicou uma tabela quantitativa de servidores aposentados, falecidos e exonerados de janeiro de 2014 a julho de 2019. 

LEIA A NOTA DE ESCLARECIMENTO NA ÌNTEGRA 

A Universidade Estadual de Maringá (UEM) esclarece que as horas extras pagas pela instituição, no primeiro semestre deste ano, foram, na sua maioria, destinadas a suprir a grande falta de servidores e demonstram a dura realidade que a Universidade enfrenta hoje.  Segundo o pró-reitor de Recursos Humanos, Luís Otávio Goulart, a UEM tem um déficit de 913 servidores, acumulado desde 2014. Só neste ano, a Universidade perdeu 267 servidores, entre professores e agentes universitários que se aposentaram, pediram exoneração ou faleceram.

Goulart reforça que o gasto com horas extras é destinado ao pagamento de zeladoria, vigilância e serviços gerais, além do Hospital Universitário, que sem os serviços extraordinários, certamente, teria comprometida a capacidade de atendimento à população. “Qualquer pessoa que passa, hoje, pelo HU provavelmente teve o atendimento prestado por pessoal em serviço extraordinário”, afirma o pró-reitor.

A tabela reproduzida abaixo demonstra em números o tamanho do problema que a UEM vem enfrentando desde 2014, quando se intensificou, por parte do Governo do Estado, uma política baseada na não reposição do quadro funcional. “Nem mesmo as nomeações de agentes e docentes aprovados em concursos têm sido autorizadas”, reforça Goulart, destacando que este cenário pode levar, inclusive, ao fechamento de alguns setores ou à diminuição de serviços prestados.

Goulart ainda lembra que tem sido possível identificar uma sensível redução no pagamento da folha ao longo do primeiro semestre, especialmente pelo grande volume de aposentadorias. O pró-reitor também afirma que é inverídica a afirmação de que a UEM  teria pago salários acima do teto legal.

Sobre a necessidade de contratação de professores colaboradores, esta também decorre da falta de nomeação de efetivos já aprovados em concurso. A realidade hoje é que muitos cursos que a Instituição oferece têm suas atividades mantidas pelos professores temporários, cujos contratos precisam ser renovados. Para além disso, a UEM aguarda a autorização de novos processos seletivos. 

Quantitativo de servidores aposentados, falecidos e exonerados de janeiro de 2014 a julho de 2019

 

APOSENTADOS

FALECIDOS

EXONERADOS

TOTAL

ANO

DOCENTES

TÉCNICOS

DOCENTES

TÉCNICOS

DOCENTES

TÉCNICOS

2014

41

71

4

8

9

7

140

2015

37

46

1

4

5

10

103

2016

22

81

1

5

2

11

122

2017

2

79

3

8

4

10

106

2018

23

124

2

8

3

15

175

2019

137

120

1

2

1

6

267

TOTAL

262

521

12

35

24

59

913