A Universidade Estadual de Maringá (UEM) firmou acordo com a Teachers College, da Universidade Columbia, dos Estados Unidos, com apoio financeiro da Fundação Lemann, para trabalhar a questão da equidade para pessoas com deficiência. Com pesquisadores de outras universidades envolvidas no programa, o projeto atende professores que ensinam Matemática para pessoas com deficiência visual.
O objetivo será organizar, com professores do magistério estadual, mudanças no atual processo de ensino, além de possibilitar a aprendizagem mais próxima às demandas de concretude de conceitos matemáticos para pessoas com deficiência visual.
Oito projetos brasileiros foram selecionados em 2018 pelo edital Pesquisando Ensino e Aprendizagem: um Imperativo de Equidade para a Formação de Professores, da universidade norte-americana. Diversas oficinas ocorreram nos Estados Unidos, em 2019, com as equipes e no último dia 15 de maio foi iniciada a primeira de sete oficinas programadas diretamente com 15 professores envolvidos no ensino para pessoas com deficiência visual do Núcleo Regional de Educação de Guarapuava, Centro-Sul do Paraná.
Com a parceria da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Campus de Ponta Grossa, e do Centro Universitário Guairacá (UniGuairacá), de Guarapuava, os professores Marcio Pascoal Cassandre e Elsa Midori Shimazaki, da UEM, utilizarão uma metodologia de trabalho oriunda da Finlândia, conhecida na Europa e nos Estados Unidos como Change Laboratory (Laboratório da Mudança).
Docente do Departamento de Administração (DAD), Cassandre é o executor do projeto na UEM, além de ser também o coordenador do Escritório de Cooperação Internacional (ECI). Shimazaki foi professora do Departamento de Teoria e Prática da Educação (DTP) e é docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE) da UEM e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).
A metodologia é empregada em vários contextos organizacionais e praticada em diversos países de todo o mundo. Cassandre adota essa metodologia em suas pesquisas depois de período em 2012 na Universidade de Helsinki (Finlândia), tendo já resultados produzidos e publicados após a utilização em vários contextos organizacionais na região de Maringá.
“A metodologia possibilita a discussão e a produção de um modelo de ensino-aprendizagem que atenda a necessidade de tornar os conceitos matemáticos abstratos em algo mais concreto, principalmente agora em que os estudantes com deficiência visual também estão no ensino remoto”, diz o professor. “Os próprios professores, com a nossa mediação, criarão uma alternativa possível para as demandas atuais de sala de aula”. AEN/PR
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