A Universidade Federal do Paraná publicou na manhã desta segunda-feira, 22, uma Nota de Esclarecimento sobre a decisão de suspender a realização do concurso público para a Polícia Civil, menos de duas horas para o início para as provas.
O concurso estava programado para acontecer, ontem, 21, na capital paranaense mas de acordo com a Nota da UFPR, a comissão organizadora “deparou-se com problemas de logística inesperados e insuperáveis no que toca a alguns itens de segurança imprescindíveis, como, por exemplo, no recebimento dos termômetros para medição de temperatura dos candidatos na entrada dos locais de prova que foram exigidos pelo Ministério Público e Defensoria Pública da União e do Estado. Além disso, às vésperas das provas, ocorreram problemas relativos à desistência de cessão de espaços de vários locais (sobretudo de escolas) que, segundo a direção do Núcleo de Concursos/UFPR, inicialmente haviam se comprometido em servir para a aplicação das provas do concurso, bem como de alocação de pessoal, o que acarretou tanto um problema logístico insuperável de realocação de candidatos e de provas, quanto também de segurança e de igualdade de condições de concorrência entre todos os candidatos”.
A decisão provocou muitos problemas para candidatos que vieram de outras cidades do estado e outros piores ainda para quem veio de outros estados. Um grupo de candidatos que veio do interior do Piauí, conta que teve que percorrer 300km de ônibus até à capital Teresina, onde pegaram um voo para São Paulo, e após uma espera de 8 horas embarcaram para Foz do Iguaçu e no dia sábado partiram de ônibus para Curitiba. A ingrata surpresa se revelou somente quando os Piauienses chegaram ao portão do colégio onde realizariam as provas.
“Chegamos aqui e recebemos a notícia de outro candidato que estava no portão. Todo mundo deu risada achando que fosse brincadeira deles, e até brincamos com a coisa dizendo que estavam querendo nos eliminar, mas era sério e nossos mundos desabaram”, comentou um dos candidatos, advogado de 42 anos que prestaria concurso para delegado.
Quem é que vai pagar nossas despesas ?
A mesma pergunta foi feita por várias autoridades, entre elas o próprio governador do estado, Carlos Massa, que disse que em um twitter que tratava de uma falta de respeito “inaceitável”.
O deputado estadual por Maringá Rogério Do Carmo (PSL), segundo vice-presidente da ALEP, apresentou um requerimento de informações à Secretaria de Administração e Previdência, pedindo explicações sobre a suspensão repentina e sobre quais providências serão tomadas para ressarcir os danos econômicos dos candidatos. Leia o requerimento:
leia a Nota de Esclarecimento da UFPR