Quando o Plano Municipal de Cultura começou a ser debatido em audiências públicas, o atual prefeito Ulisses Maia ainda era presidente da Câmara Municipal. De lá para cá se passaram quase dez anos e foram necessários muitos encontros com a sociedade civil e sobretudo com a classe artística da cidade para se chegar ao projeto que deu vida ao texto que foi aprovado pelos vereadores no início do mês de novembro desse ano.
São 180 metas que estabelecem um programa que precisa ser cumprido para obedecer o que diz a Lei. Para classe artística presente hoje, 25, no Teatro Calil Haddad em ocasião da sanção da Lei 11.862/2024, o plano é uma garantia que pelo menos nos próximos dez anos tudo o que está escrito no texto terá que ser implementado, incluindo a criação do Conselho Municipal de Políticas Culturais e do Fundo Econômico que se chamará CPF.
“O Plano Municipal de Cultura consolida o que será feito nos próximos dez anos, e dá oportunidade a quem vai continuar na Cultura de já partir sabendo quais são as ações futuras que já foram planejadas. Para mim é um prazer muito grande até porque até dez anos atrás eu era presidente da Câmara e promovi a primeira audiência pública para debater o tema e dali nasceu o primeiro grupo de trabalho que deu vida às ideias presentes no plano”, disse o prefeito Ulisses Maia em entrevista a OFATOMARINGA.COM
“A secretaria de Cultura já realiza muitas das diretrizes presentes no plano aprovado, mas isso nunca foi garantia de continuidade, agora, depois de dez anos de muitas batalhas a Cultura de Maringá passou a ter um norte”, disse emocionado o atual secretário de Cultura Paulinho Schoffen.
Do mesmo parecer de Schoffen é o atual superintendente da pasta – Francisco Pinheiro, que também já esteve na função de secretário municipal. “Temos todo o sistema de políticas culturais pronto para o futuro, e esse plano espelha todas as necessidades e anseios da classe artística que ajudou a escreve-los. Foi um plano construído de baixo para cima com toda a sociedade participando no modo mais transparente e democrático possível”, argumentou Pinheiro.
O futuro secretário de Cultura – Tiago Valenciano, que atualmente é presidente da Academia de Letras de Maringá, participou da cerimônia de sanção da Lei e falou de continuidade como marca da política do prefeito eleito Silvio Barros. “Independente de quem ocupar a cadeira de secretário de Cultura, as políticas presentes no plano vão ter que continuar. É um desafio imenso que precisa encontrar êxito para ajudarmo a cidade a manter os índices que a fizeram ser reconhecida como melhor do país para se viver”, pontuou Valenciano.
O ator William Farias faz parte do Conselho Municipal de Cultura; ele disse em entrevista a OFATOMARINGA.COM que se trata de um dia de comemorar, mas que há necessidade de vigiar e sua aplicação. “Todo a sociedade foi chamada a participar da realização desse plano e agora temos que nos preocupar de vigiar para ver como a nova gestão vai aplicar tudo o que está previsto nele”, disse Farias.
A vice-presidente do Conselho Municipal de Cultura disse que a cerimônia de hoje, “é a concretização de uma luta histórica da classe artística que discutiu junto com a sociedade um plano que viesse ao encontro das necessidades de que faz e de quem administra a Cultura na cidade”.
A atriz Rô Fagundes também comemorou a sanção da Lei e disse que se trata de um grande momento para a Cultura de Maringá. “Para nós artistas é muito importante, mas também é muito importante para o gestor, prefeito e secretário, porque eles vão ter em mãos uma cartilha que determina exatamente o mínimo que deve ser feito. Eles podem fazer mais, mas não menos do que está previsto no plano”, analisou Rô.