Unicef: Em Gaza, mais de 20 mil bebês nasceram “em um inferno”

Mães enfrentam desafios inimagináveis antes, durante e depois do parto; aproximadamente 135 mil crianças com menos de dois anos de idade correm o risco de desnutrição grave; OMS confirma casos de hepatite A devido a condições precárias de higiene na área.

foto: Unicef/Eyad El Baba

Nesta sexta-feira, o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, alertou que bebês estão nascendo em “um inferno” em Gaza, e muitos outros provavelmente morrerão como resultado do conflito e das condições cada vez mais terríveis no enclave.

A agência informou que houve quase 20 mil nascimentos desde o início do bombardeio generalizado israelense, em resposta aos ataques liderados pelo Hamas em Israel que deixaram cerca de 1,2 mil mortos e aproximadamente 250 reféns.

Condições precárias para o parto

Problemas crônicos de acesso à ajuda fizeram com que as cirurgias cesarianas fossem realizadas sem anestesia. Em muitos casos, as mulheres não conseguiram dar à luz aos seus bebês porque o pessoal médico estava sobrecarregado.

A especialista de comunicação do Unicef, Tess Ingram, afirmou que “as mães enfrentam desafios inimagináveis ​​no acesso a cuidados médicos, nutrição e proteção adequados antes, durante e depois do parto”. 

Falando de Amã, na Jordânia, após retornar do sul de Gaza, ela disse que tornar-se mãe deve ser um momento de celebração, mas em Gaza, cada parto significa “mais uma criança que nasce em um inferno”. 

Tess Ingram explicou que a equipe do Hospital dos Emirados em Rafah está tão sobrecarregada que foi forçada a dar alta às mães “dentro de três horas após uma cesariana”, uma situação que é “inacreditável e requer ação imediata”.

Nesta sexta-feira, o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, alertou que bebês estão nascendo em “um inferno” em Gaza, e muitos outros provavelmente morrerão como resultado do conflito e das condições cada vez mais terríveis no enclave.

A agência informou que houve quase 20 mil nascimentos desde o início do bombardeio generalizado israelense, em resposta aos ataques liderados pelo Hamas em Israel que deixaram cerca de 1,2 mil mortos e aproximadamente 250 reféns.

Condições precárias para o parto

Problemas crônicos de acesso à ajuda fizeram com que as cirurgias cesarianas fossem realizadas sem anestesia. Em muitos casos, as mulheres não conseguiram dar à luz aos seus bebês porque o pessoal médico estava sobrecarregado.

A especialista de comunicação do Unicef, Tess Ingram, afirmou que “as mães enfrentam desafios inimagináveis ​​no acesso a cuidados médicos, nutrição e proteção adequados antes, durante e depois do parto”. 

Falando de Amã, na Jordânia, após retornar do sul de Gaza, ela disse que tornar-se mãe deve ser um momento de celebração, mas em Gaza, cada parto significa “mais uma criança que nasce em um inferno”. 

Tess Ingram explicou que a equipe do Hospital dos Emirados em Rafah está tão sobrecarregada que foi forçada a dar alta às mães “dentro de três horas após uma cesariana”, uma situação que é “inacreditável e requer ação imediata”.

“Panela de pressão”

Em conversa com jornalistas em Genebra, após retornar de Gaza, o chefe do Escritório de Direitos Humanos no Território Palestino Ocupado, Ajith Sunghay, disse que pessoas deslocadas continuam a chegar em Rafah “aos milhares”.

Ele afirmou que viu “homens e crianças cavando em busca de tijolos para poder montar barracas feitas com sacos plásticos”. Para o especialista, esta é uma enorme crise de direitos humanos e “um grande desastre humanitário causado pelo homem”.

Sunghay classificou a situação como “um ambiente de panela de pressão”, marcado por “medo e a raiva generalizados”.

Em sua última atualização sobre a crise, o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha, ressaltou a preocupações com o fato de as missões de ajuda continuarem “fortemente comprometidas pelas restrições israelenses à importação de equipamento essenciais, incluindo dispositivos de comunicação apropriados”.

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