O instrumento que veio para eliminar as injustiças e polêmicas no futebol não consegue fazer nem uma coisa, nem outra. Assim pensam muitos jogadores, técnicos e torcedores sentados em sofás. No sábado, o goleIro do Botafogo Gatito Fernandes chutou o equipamento ao final da partida em que seu time perdeu de 1 a 0 para o Internacional de Porto Alegre, depois de ter dois gols anulados pelo lento equipamento tecnológico.
Hoje aconteceu com o Santos. Jogando na Vila Belmiro, o peixe marcou dois gols que nenhum juiz teria coragem de anular já que nem os adversários reclamaram de supostos impedimentos milimétricos.
No primeiro, aos 9 minutos, Reniel botou para dentro depois que Marinho deu um passe de calcanhar para Pará, que na passagem em overlapping cruzou para o centro avante que estava atrás da linha da bola finalizar cara a cara com o goleiro.
Após 5 minutos de consulta com o VAR, o juiz anulou o gol jogando um balde de água fria no Santos e na partida que ficou parada uma eternidade.
No segundo, Marinho cobrou uma falta em direção à área, ninguém toca na bola que quica em frente ao goleiro e entra direto no gol. Mais uma vez o VAR entra em ação. Depois de três minutos de consultas, os homens sentados em frente ao computador chamam o juiz para ver o vídeo. O árbitro demora mais dois minutos e decide anular um suposto impedimento ou toque de mão. Ninguém sabe bem.
No final do primeiro tempo o Flamengo faz o seu gol e se segura no segundo tempo.
Esse é o novo normal do futebol: Juizes que não apitam nada, equipamentos que ajudam a tomar decisões pouco claras, estádios vazios, torcedores de papelão, som que reproduzem os gritos da torcida, muita polêmica, uma verdadeira palhaçada televisada.
O futebol não precisa disso. O VAR não pode substituir o árbitro mas é exatamente isso que está acontecendo.