A sessão da Câmara desta quinta-feira, 26, foi marcada principalmente pela discussão sobre os projetos que concederam aos servidores públicos de Maringá, reposição salarial de 4,3%.
O vereador e presidente da Câmara Mário Hossokawa, (PP), voltou a explicar que a aprovação dos projetos do Executivo (n. 15.582/2020) e mesa Executiva (n. 15.565/2020), são meras formalidades, uma vez que são frutos da negociação entre o prefeito Ulisses Maia e o sindicato dos servidores públicos.
A reposição para sujeitos políticos causou reações por parte de muitas pessoas que se expressaram através de redes sociais, o que levou os vereadores a retomar o assunto.
Hossokawa e outros vereadores se posicionaram pela renuncia à reposição, exatamente como fez o prefeito Ulisses Maia ontem, 25, durante a coletiva de imprensa. “Eu, o vice-prefeito, secretários municipais, servidores com cargos comissionados e de confiança, estamos prontos a renunciar à reposição”, disse Ulisses.
De acordo com o chefe de gabinete do prefeito, Domingos Trevisan, o projeto de renuncia à reposição por parte dos sujeitos políticos chegou a ser preparado na manhã de hoje e enviado ao prefeito para assinatura.
O presidente Hossokawa chegou a avisar os vereadores sobre uma sessão extraordinária a realizar-se logo após a ordinária mas o departamento jurídico da câmara desaconselhou os vereadores a votar o projeto.
De acordo com Hossokawa e também com o vereador Alex Chaves, a aprovação poderia fazer com que prefeito e presidente do Legislativo incorresem em crime de improbidade administrativa. Uma das consequências poderia ser a perda dos direitos políticos de Maia e Hossokawa, que ficariam inelegíveis.
A sessão extraordinária não se realizou e os departamentos jurídicos da Câmara e do Executivo prosseguem com estudos para dar resposta definitiva a essa questão ou ainda para indicarem outra solução para o problema.
A próxima sessão da Câmara acontece na terça-feira, 31.