A Frente Parlamentar sobre o Pedágio da Assembleia Legislativa do Paraná realiza em Maringá amanhã, 21, a audiência pública na cidade de Maringá. O encontro acontece a partir da 9 da manhã no auditório da Câmara Municipa
A audiência pública será transmitida ao vivo pela TV Assembleia e pelas redes sociais do Poder Legislativo. Também é possível participar através do aplicativo Zoom pelo link:
O FATO MARINGÁ ouviu a opinião de 12 dos 15 vereadores sobre a discussão que a audiências pública convocada pelo Assembleia Legislativa do Estado está trazendo para o município. Os vereadores se dividem entre os que querem que o Estado do Paraná assuma o comando do pedágio sem a necessidade de contratação de terceiros e os que não veem problema que seja a iniciativa privada a gerir, mas que querem que tarifa seja justa. “O Paraná tem a tarifa de pedágio mais cara do Brasil”, dizem unânimes os edis.
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Alex Chaves – vereador pelo MDB e líder do prefeito de Maringá na Câmara, diz que oque a Frente Parlamentar do Pedágio traz a Maringá é esperança.
“Quero acreditar que nós paranaenses aprendemos uma lição; de que o modelo que havia de exploração das estradas era abusivo, injusto e só beneficiava as concessionárias. Agora é o momento de nos mobilizarmos para mudar essa realidade, porque os preços praticados são imorais”.
O vereador Biazon (PSL) disse a O FATO MARINGÁ que fará uma live na noite de hoje em sua rede social para falar sobre o tema e convocar seus eleitores para acompanharem a audiência pública através dos canais online. “Vamos participar porque não adianta ficar reclamando depois; o momento de dizer o que queremos é agora”, disse o vereador.
“Em todo o mundo o pedágio é cobrado para que se faça a manutenção das rodovias que o Estado faz, mas aqui no Paraná foi feita uma licitação que inclui a construção das estradas, e por isso é tão caro. Quero parabenizar os deputados que estão empenhados na tentativa de mudar as coisas. A Câmara colocou à disposição da Alep toda nossa estrutura para realizar o evento”, disse o presidente da Casa Mário Hossokawa – PP.
Ana Lúcia Rodrigues (PDT) diz que o bom mesmo seria se o Estado retomasse o serviço. “Temos toda a estrutura, temos as praças de pedágio, é tudo nosso, porque não podemos assumir o serviço para garantirmos tarifas mais baixas. Eu sou 100% contrária à concessão do pedágio a privados”, completou a vereadora.
“Obras inacabadas e tarifas muito caras. Esse é o momento de mostrarmos que não queremos mais ser feitos de “bestas”, disse Rafael Roza (PROS), ao convocar seus seguidores a acompanhar online. “Não vamos permitir que essa farra continue”, completou o vereador.
Flávio Mantovani (REDE) é um pouco cético sobre mudanças que podem beneficiar os usuários na transição de concessão do pedágio. “A questão do pedágio é simples; as estradas estão prontas, as praças de pedágio também e o estado pode gerenciar o serviço e não tem porque dar esse serviço na mãos da iniciativa privada, mas sabemos que isso não acontecerá”, disse Mantovani.
Mário Verri (PT), diz que o pedágio prejudicou muito o Paraná e só beneficiou políticos e empresários. “Infelizmente o paranaense pagou caro por isso. Muitas empresas deixaram de vir para o Paraná por causa do preço do pedágio. Quero que a população participe para que esse valor absurdo pare de se praticado porque está atrapalhando o desenvolvimento do Paraná”.
Sidnei Telles (Avante) representou a Câmara Municipal na Audiência Pública que a Alep realizou em Umuarama. Para ele, a cidade tem que se envolver muito nas discussões, pois as praças de pedágio que estão na região fazem com que as pessoas que estão vindo para Maringá usem boa parte de seus recursos econômicos na estrada, quando poderiam ajudar a economia gastando aqui. “Isso interfere na vida das pessoas. Todo o transporte de pessoas e mercadorias paga pedágio e paga caro”. Para Telles, “se a taxa de outorga for mantida”, seremos levados a uma concessão quase igual a atual, com tarifas caras e isso, o paranaense não quer mais”, concluiu.
Cris Lauer (PSC) é pessimista sobre os frutos que poderemos colher com a audiência pública. “Estamos um pouco distante de termos uma concessão justa para o pedágio”. A vereadora acredita “que só a pressão popular pode fazer com que a política seja a favor do cidadão”, e que participar e levar as reivindicações pode ajudar a reduzir os valores que hoje são altos e imorais.
O vereador Manoel Sobrinho (PL) disse que vai sugerir aos membros da Frente Parlamentar do Pedágio que o seja o Estado a retomar o serviço.
O vereador Luiz Alves (Democratas), diz que “os embrulhos do pedágio tem que acabar e amanhã é uma grande oportunidade de a população cobrar posição dos parlamentares. “Esperamos que a mudança de concessão traga benefícios ao cidadão”, disse o edil.
Belino Bravin (PSD), lembra que os caminhoneiros sofrem demais porque grande parte dos lucros que eles teriam ficam para os pedágios.”Eu acho que os caminhoneiros estão pagando muito caro e no final todos nós pagamos caro demais, mesmo porque, tem muita estrada que não recebeu nenhum tipo de melhoria nesses 20 anos de serviço”, disse o vereador.
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