Pesquisadoras do Laboratório de Ecologia e Comportamento Animal, do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UEL, estão estudando um grupo de macacos-prego (Sapajus nigritus)) que utilizam ferramentas (rochas) para auxiliar na alimentação, comportamento habitual em alguns grupos, porém inédito nesta espécie em questão. O grupo ocupa um resquício de Mata Atlântica existente no Parque Municipal Arthur Thomas, na Região Leste de Londrina, onde foram identificados até agora 205 sítios de quebra, ou seja, locais onde os animais costumam levar frutos, sementes e rochas para as refeições.
Imagens feitas por pesquisadores demonstram que os animais utilizam cascalhos e rochedos de vários tamanhos para quebrar, por exemplo, sementes de palmeira, encontradas em quantidade nos mais de 80 hectares do parque. A dieta dos animais também inclui plantas, raízes, folhas e pequenos vertebrados. Os pesquisadores conseguiram filmar os animais em ação, inclusive carregando pedras equivalentes ao peso corpóreo, o que evidencia a habilidade dos macacos e a clara intenção de quebrar os frutos para chegar à semente.
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