Willie Davids terá primeiro Derby sem Grêmio em 70 anos de história

Aruko e Maringá Futebol Clube jogam amanhã, 04, partida histórica que marca nascimento de um novo Derby na cidade.

Último Derby maringaense na 1ª Divisão foi entre Gremio Maringá x Maringá Atlético Clube 1990 e foi vencido pelo Galo por 1 a 0. FONTE: Youtube - Museu Esportivo de Maringá 

Quando Aruko e Maringá Futebol Clube entrarem em campo neste sábado, 4, as 18h30 no Willie Davids, será a primeira vez na história que um Derby maringaense na primeira divisão acontecerá sem que um dos times em campo se chame Grêmio.

A informação pode até estar equivocada, e se alguém sabe de um Derby sem o Grêmio dentro, nos corrija por favor.

A última vez que Maringá assistiu a um Derby de futebol foi em 5 de abril de 2017. A partida era válida pela Segundona do Paranaense e em campo estavam Grêmio de Esportes Maringá e Maringá Futebol Clube. Há quem lembre que esse Grêmio nem era o verdadeiro Galo dono dos títulos, mas sempre Derby era, e portanto tem que ser levado em consideração.

Quando o assunto é Primeira Divisão, para encontrar um Derby é preciso voltar a 1996, quando o extinto MFC venceu o Grêmio de Esportes Maringá por 1 a 0.

Abaixo, imagens da partida entre Grêmio e Maringá Atletico Clube no ano de 1990.

Um dos últimos Derbys maringaense na 1ª Divisão foi entre Gremio Maringá x Maringá Atlético Clube 1990 e foi vencido pelo Galo por 1 a 0. FONTE: Youtube – Museu Esportivo de Maringá 

 

Polêmicas à parte, no Derby de 2017, de um lado tínhamos a tradição do nome Grêmio de Esportes Maringá, tricampeão do Estado da 1ª Divisão, mas que no final daquele certame terminaria em penúltimo lugar e cairia para a Terceirona.

Do outro, um MFC em busca de nova ascenção, já que desde seu nascimento em 2010 colecionava um título de campeão da Terceirona no ano de sua criação, um da Segundona em 2013 e um amargo vice em 2014, ano de sua estreia na Elite, com derrota na final para o Londrina em uma disputa de pênaltis em pleno Willie Davids.

Apesar do início majestoso do Maringá nos primeiros anos, em 2016 o Dogão caiu para a Segundona e por isso encontrou esse outro Grêmio em seu caminho em 2017 lutando desesperadamente para não morrer; o original, já estava dormindo desde 1996.

Nos anos anteriores Maringá experimentou a presença de outros clubes como Galo Maringá e Galo Adap, mas nunca houve dois clubes na cidade naquele período entre 2005 e 2010. Aliás entre 2009 e 2013, a cidade sumiu do mapa do futebol; foram 4 anos sem representantes na máxima série do esporte no Paraná.

Agora Maringá vive uma situação completamente oposta; Aruko e MFC na Elite e com o Grêmio Maringá que disputa Divisão de Acesso – a Segundona, que está programada para começar em abril.  Se o Grêmio subir e ninguém cair, em 2024 teremos a inédita situação de três times na Elite do Paranaense. Somente Curitiba já teve três times na Série; aliás já teve quatro antes da fusão entre Pinheiros e Colorado em 1989.

 

O DERBY E O CAMPEONATO

De volta ao Derby, será uma partida histórica, mas com os dois times vivendo momentos completamente opostos no campeonato. O Dogão luta para ir para as cabeças; venceu três, empatou uma, perdeu duas e depois de seis rodadas do certame de 2023 ocupa a quinta posição. Já o Aruko amarga quatro derrotas, tem um empate e apenas uma vitória, o que o deixa em nono lugar com 4 pontos ao lado do Azuriz. Atrás dos dois só Foz com 3 e Rio Branco com 1 ponto.

Para o Maringá, vencer é um dever; o time pode até subir para quarto na classificação se Cascavel e Cianorte se derem mal contra Operário e Azuriz respectivamente. Já o Aruko, precisa da vitória para depois ir com tudo para buscar a salvação do rebaixamento contra São Joseense fora, Cascavel e Azuriz no Willie Davids.

O sucesso de um dos times maringaenses no Derby, pode ser quase que certamente o não êxito do outro; Se o MFC perder, o dano é só moral e histórico, afinal, esse é o primeiro Derby da história; se a derrota for do Aruko, pode significar um passo grande para o retorno à Divisão de Acesso em 2024.

O consolo para o Aruko por enquanto, é que o time não vence, mas joga bem, e como joga, e pior do que ele, tem o Rio Branco e o Foz que se enfrentam no domingo, 5. Um bom placar neste jogo para as pretensões do Aruko de permanecer na Elite seria um empatIzinho que manteria Foz e Rio Branco abaixo dos maringaenses na classificação.

Para quem sonha em ver três de Maringá na Série A em 2024, fica o alerta; pode até acontecer que tenhamos somente um. Nos bastidores do Galo do Norte se fala de uma possível cessão do inteiro time do Cianorte para o Grêmio disputar a Segundona. Não há confirmações sobre esse boato, mas se for verdade, o Galo é sério candidato a subir, se não for, se espera que se monte um time capaz de conquistar uma das vagas na Divisão de Elite.

 

TORCIDAS NO DERBY

O Aruko, mandante do jogo, informa que os setores destinados a torcida mandante não terão nenhum tipo de proibição de camisas, assim todo amante do futebol maringaense da cidade e região pode ocupar qualquer espaço. Porém, não será possível trocar de setor (mandante para visitante) por motivos de segurança. A única obrigatoriedade é que a organizada do time adversário deverá ficar no setor visitante.

 

INGRESSOS E INGRESSO ROSA

os ingressos para a partida estão disponíveis para a venda, com valores mantidos das duas primeiras realizações: descoberta/inteira (R$40), descoberta/meia e solidário (R$20), coberta/inteira (R$60) e coberta/meia e solidário (R$30). As entradas para o setor visitante custam: descoberta/inteira (R$40) e descoberta/meia e solidário (R$20).  Ainda há entradas para a campanha Ingresso Rosa, onde as primeiras mil mulheres não pagam. Para garantir a entrada, as interessadas devem fazer a retirada na Mundo Kids (Av. Alexandre Rasgulaeff, 97) até a tarde desta sexta-feira (3). Os ingressos são vendidos de forma online no Ingresso Nacional.

Serão três entradas para o público no dia da partida. Pela Avenida Prudente de Morais haverá o acesso para a descoberta e a coberta. A da Avenida Duque de Caxias será exclusiva para os ingressos da coberta. Por fim, quem for ocupar o setor visitante utiliza a via de acesso ao estádio da Avenida Herval (na frente do ginásio Valdir Pinheiro e piscinas da Vila Olímpica).