Os times que atuam como visitantes na primeira fase da Copa do Brasil são aqueles mais bem colocados no ranking de clubes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Na teoria, são os favoritos e ainda têm a vantagem do empate nos confrontos. Na prática, não foi o que aconteceu em dois dos jogos desta quarta-feira (10). O Cianorte, que disputará a Série D do Campeonato Brasileiro em 2021, bateu o Paraná, da Série C. Já o Rio Branco-ES, que também estará envolvido na quarta divisão nacional, eliminou o Sampaio Corrêa, da Série B.
No estádio Albino Tubay, em Cianorte (PR), o gol da vitória do time da casa saiu dos pés do volante Sávio, de fora da área, aos 39 minutos do segundo tempo. O Leão do Vale terá pela frente, na segunda fase, o classificado entre Ypiranga-AP e Santa Cruz, que se enfrentam na próxima quarta-feira (17) no estádio Zerão, em Macapá, às 17h (horário de Brasília).
Em Cariacica (ES), no estádio Kleber Andrade, o Rio Branco teve o volante Esley expulso ainda no primeiro tempo. Para dificultar a missão dos capixabas, o Sampaio saiu na frente com o volante André Luiz, de cabeça, aos 29 minutos da etapa final. Só que dois minutos depois, o atacante Edu Capetinha deixou tudo igual. Aos 41, após cobrança de escanteio, o zagueiro Petróleo garantiu a inédita classificação do Capa-Preta à segunda fase. O próximo adversário será o Vitória, que eliminou o Águia Negra na terça-feira (10).
A vaga na segunda fase da Copa do Brasil assegura aos dois clubes uma premiação de R$ 675 mil. Como outros R$ 560 mil assegurados pela participação, o torneio já rendeu R$ 1,235 milhão aos cofres de Cianorte e Rio Branco.
JUAZEIRENSE VENCE MAS RESULTADO DEVE PARAR NA JUSTIÇA
Nesta quarta-feira (10), a Juazeirense derrotou o Sport por 3 a 2 pela primeira fase da Copa do Brasil. A partida ficou mais de uma hora paralisada, durante os acréscimos do segundo tempo, devido a dois apagões nos refletores do estádio Adauto Martins, em Juazeiro (BA). O resultado classifica o clube baiano à segunda fase da competição para enfrentar o ganhador do confronto entre Castanhal e Volta Redonda, que se enfrentam na próxima quarta-feira (17), no estádio Modelão, em Castanhal (PA).
Com a bola rolando, o duelo foi movimentado. Logo no primeiro minuto, o atacante Kesley aproveitou rebote do goleiro Luan Polli e colocou a Juazeirense à frente. O empate quase aconteceu aos três, em cabeçada do zagueiro Rafael Thyere que parou no travessão, mas saiu aos 11 minutos, em cobrança de pênalti do volante Ronaldo Henrique. A virada rubro-negra veio aos 20, com o atacante Mikael, na sobra de um chute na trave do lateral Sander.
Na segunda etapa, novamente a Juazeirense balançou as redes cedo. Com um minuto, o meia Clebson deixou tudo igual, de cabeça. Aos 21, o zagueiro Dedé recolocou o Cancão de Fogo na dianteira do placar. O Sport, que jogava pelo empate, reclamou de situações que ocorreram a partir da virada dos anfitriões, como o acionamento (duas vezes) do sistema de irrigação e o sumiço de bolas de reposição. Aos 40 minutos, um susto: após dividida com Mikael, Dedé caiu desacordado e teve que ser atendido pela ambulância.
O árbitro Ramon Abatti Abel deu 11 minutos de acréscimo. Aos 50, parte dos refletores do Adauto Martins se apagaram. A interrupção demorou 25 minutos e a bola voltou a rolar, mas, um minuto depois, um novo apagão tornou a paralisar o jogo. Após cerca de uma hora, o árbitro decidiu recomeçar a partida nas condições de momento, mas os jogadores do Sport só aceitariam a retomada com a iluminação totalmente restabelecida. O duelo, então, foi encerrado.
O caso pode ter desdobramentos fora de campo. O regulamento geral de competições da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) prevê, no artigo 19, parágrafo primeiro, que o árbitro pode aguardar até 30 minutos, prorrogáveis por mais meia hora, para suspender uma partida se entender que “o fato gerador da paralisação não poderá ser sanado”.
O artigo 22, por sua vez, diz que jogos interrompidos após os 30 minutos do segundo tempo são considerados encerrados, “prevalecendo o placar daquele momento, desde que nenhum dos clubes tenha responsabilidade pelo encerramento da partida”. Já o artigo 20 destaca que “se o clube que não deu causa à suspensão da partida estiver dependendo de saldo de gols para obter classificação às fases ou competições seguintes, a situação será decidida pela Justiça Desportiva”.
Pronunciamento do Sport
O Sport se pronunciou em nota oficial, nos primeiros minutos desta quinta-feira (11). O Leão pediu a realização de uma perícia no estádio “devido aos impressionantes e injustificáveis eventos ocorridos” na partida.
“Perícia esta que deve se dar especificamente no sistema de irrigação do campo, refletores e suas conexões elétricas, geradores de energia, parte elétrica do estádio, parte elétrica no entorno do estádio [para atestar se houve queda de energia por culpa da companhia elétrica], assim como demais instalações físicas do estádio”, afirma o comunicado do clube pernambucano, que também pediu à CBF que oficie a companhia de energia elétrica de Juazeiro para saber se houve queda de energia no local após às 19h de quarta-feira. fonte: Agência Brasil
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