Hoje, lembramos do santo que se tornou o fundador da Ordem dos Cartuxos, considerada a mais rígida de todas as Ordens da Igreja e que atravessou a história sem reformas.
Filho de família nobre de Colônia (Alemanha), nasceu em 1032. Quando alcançou idade, ele foi chamado pelo Senhor ao sacerdócio e se deixou seduzir. Amigo e admirado pelo Arcebispo de Reims, Bruno, inteligente e piedoso, começou a dar aulas na escola da Catedral desse local, até que já cinquentenário e cônego, ele amadureceu na inspiração de servir a uma Ordem religiosa.
Após curto estágio num mosteiro beneditino, retirou-se para uma região chamada Cartuxa, com a aprovação e bênção de São Hugo, Bispo de Grenoble, o qual lhe ofereceu um lugar. Isso se deu graças a um sonho que São Hugo teve. Nesse sonho, apareciam-lhe sete estrelas que caíam aos seus pés para, logo em seguida, levantarem-se e desaparecerem no deserto montanhoso. Após esse sonho, o Bispo recebeu a visita de Bruno, que estava acompanhado por seis companheiros monges. Ao ver os sete varões, o Bispo Hugo reconheceu imediatamente neles as sete estrelas do sonho e concedeu-lhes as terras. Nelas São Bruno iniciou a Ordem gloriosa da Cartuxa com o coração abrasado de amor por Jesus e pelo Reino de Deus. Com os monges companheiros, observava-se absoluto silêncio, a fim do aprofundamento na oração e meditação das coisas divinas, nos ofícios litúrgicos comunitários, na obediência aos superiores, nos trabalhos agrícolas, na transcrição de manuscritos e livros piedosos.
Quando um dos discípulos de São Bruno tornou-se Papa (Urbano II), teve ele de obedecer ao Vigário de Cristo, já que o queria como assessor, porém, recusou ser Bispo e, após pedir com insistência ao Sumo Pontífice, conseguiu voltar à vida religiosa, quando, juntamente com amigos de Roma, fundou no sul da Itália o Mosteiro de Santa Maria da Torre, onde veio a falecer no dia 6 de outubro de 1101.
As últimas palavras foram: “Eu creio nos Santos Sacramentos da Igreja Católica, em particular, creio que o pão e o vinho consagrados, na Santa Missa, são o Corpo e Sangue, verdadeiros, de Jesus Cristo”.
São Bruno, rogai por nós!