Estados Unidos rejeitam críticas de Lula sobre guerra na Ucrânia

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O Brasil pode ser um candidato apropriado para mediar o conflito Rússia-Ucrânia. No entanto, as críticas do Presidente Lula da Silva aos Estados Unidos (EUA) e à Europa levantaram problemas em Washington.

No último sábado, no final da visita à China, Lula terá sugerido que a União Europeia e os Estados Unidos deveriam deixar de “encorajar” a guerra na Ucrânia e “começar a falar de paz”.

Na resposta, o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, acusou Lula de “papaguear” a propaganda russa sobre a guerra e disse que o presidente estaria “simplesmente mal orientado”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil já respondeu à Casa Branca.”Não posso dizer nada sobre o assunto, porque nem sequer ouvi e não sei do que se trata. Só posso dizer que o Brasil e a Rússia celebraram este ano 195 anos de relações diplomáticas com embaixadores residentes e são dois países que têm uma história comum”, declarou Mauro Vieira.

 

Na sua visita ao Brasil, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo agradeceu ao país anfitrião pela tentativa de mediar as conversações de paz sobre a Ucrânia.

“Agradecemos aos nossos amigos brasileiros pela sua excelente compreensão da génese desta situação. Estamos unidos por um desejo comum de contribuir para a formação de uma ordem mundial mais justa, verdadeiramente democrática e policêntrica”, disse Sergey Lavrov.

Lavrov voltou a culpar “o Ocidente e a NATO” pela invasão da Ucrânia. Depois do Brasil, o ministro russso vai continuar o périplo latino-americano pela Venezuela, por Cuba e pela Nicarágua. euronews