Berço
Filho de Rafael Arnaiz e de Mercedes Báron, primeiro de quatro filhos de uma família católica, artista, pintor, poeta e violinista.
Apoio familiar
Seus pais reconheceram suas habilidades artísticas, e aos 15 anos deram-lhe de presente aulas de desenho. Isso o motivou a cursar arquitetura.
Sendo um bom aluno, ganhou de seus pais a possibilidade de passar alguns dias em Ávila com seus tios, que eram muito religiosos, pessoas devotas e inclinadas a uma vida piedosa, que viriam a ser verdadeiros amigos espirituais e os grandes influenciadores do caminho seguido pelo santo.
Anseio pela oração
Em suas obras completas, escrevendo ao seu tio Leopoldo confidencia: “Eu não sei rezar”. Aos 19 anos de idade, essa maravilhosa e terrível descoberta faz com que se decida pela vida monástica junto aos Trapistas, caminho que ainda levou três anos.
Alegre e divertido
Rafael era um jovem muito alegre e divertido, e dominava a atenção nos ambientes em que entrava. Era um jovem fumante e, ao ingressar na ordem trapista, em 1934, escreve com sinceridade à sua mãe sobre a saudade do vício do fumo e da dificuldade com os horários. (Na monastério trapista, acorda-se muito cedo). Vivendo com muita alegria e determinação, venceu o vício e as provas.
O diabetes
Após quatro meses, já diagnosticado com diabetes, precisou deixar a Trapa (como é chamado o monastério trapista) para cuidar de sua frágil saúde, e esta seria a via crucis de sua santificação, abraçada com sincera e redentora alegria.
Ao retornar para o monastério trapista, em 1936, é readmitido como oblato e já não pode professar os votos religiosos.
Neste momento de sua vida, já percebe-se nele um grande crescimento e maturidade espiritual a ponto de declarar em seus escritos o que se faz na trapa:
Amar a Deus e deixar-se amar por Ele, e nada além disso.” (Apologia do Trapista, Obras Completas)
Ida e vindas
Entre idas, vindas e guerras, deixou a Trapa, em 1937, pela última vez novamente por motivos de saúde. Naquele mesmo ano, decidiu abrir mão da comodidade de sua família e regressou para o monastério, onde faleceu em 1938 aos 27 anos de idade.
“Só Deus”
Apesar de sua pouca idade, a transformação operada em sua vida por Deus foi fantasticamente realizada em pouco tempo. Sua pouca idade não foi obstáculo para o projeto de Deus.
Sua alegria e inteireza foram o combustível para uma rápida conversão. Seu espírito profundamente católico é refletido em seus escritos ricos de espiritualidade e da presença de Deus, num contínuo esvaziamento de si mesmo, para que, no fim, “só Deus” permanecesse, como tantas vezes declarou.
Altares
Foi beatificado por São João Paulo II, em 1992, e canonizado pelo Papa Bento XVI em 2009. O fato que o levou à canonização foi a milagrosa cura de uma mulher após um gravíssimo quadro de eclampsia em 2001, após a súplica de uma amiga e de monges trapistas ao beato Irmão Rafael. Sua festa litúrgica é no dia 26 de abril, data de sua páscoa!
A minha oração
“Senhor Jesus, que ensinais, por meio de São Rafael Arnaiz, que a única coisa importante é amar a Deus. Ajuda-nos, por sua intercessão, a buscá-Lo e amá-Lo sobre todas as coisas, confiantes que nisso consiste a única e verdadeira felicidade!”
São Rafael Arnaiz Barón, rogai por nós!
Outros santos e beatos que a Igreja faz memória em 26 de abril:
- São Cleto, Papa, que foi o segundo sucessor do apóstolo São Pedro a presidir à Igreja Romana. († 88)
- São Primitivo, mártir, em Roma. († data inc.)
- São Basileu, bispo e mártir na Turquia. († c. 322)
- São Ricário, presbítero, que, movido pela pregação dos monges escoceses, se converteu a uma vida de penitência, na França. († 645)
- São Pascásio Radberto, abade, que expôs com lucidez e clareza a doutrina do verdadeiro Corpo e Sangue do Senhor no mistério da Eucaristia, na França. († 865)
- Santos Guilherme e Peregrino, eremitas, na Itália. († s. XII)
- Beatos Domingos e Gregório, presbíteros da Ordem dos Pregadores, na Espanha. († s. XIII)
- Santo Estêvão, bispo de Perm, que para evangelizar os Zirianis, inventou um alfabeto para redigir as suas formas literárias, celebrou a liturgia na sua língua nativa, abateu os ídolos, erigiu templos e sobretudo fortaleceu-os na verdade da fé, na Rússia. († 1396)
- Beato Júlio Junyer Padern, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir, que, durante a perseguição contra a fé cristã, mereceu alcançar mediante o martírio a glória da vida eterna, na Espanha. († 1938)
- Beato Estanislau Kubista, presbítero da Sociedade do Verbo Divino e mártir, que, em tempo de guerra, durante a ocupação militar da Polônia por um regime hostil à religião, consumido por graves tormentos no cárcere entregou a alma a Deus. Com ele é comemorado o Beato Ladislau Goral, bispo auxiliar de Lublin, que, no mesmo lugar e na mesma guerra, defendeu corajosamente a dignidade do homem e da fé, morrendo no cárcere, em dia incerto, consumido pela enfermidade, na Alemanha. († 1942)
Fontes:
- abadiasanisidro.es/biografia/
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- padrepauloricardo.org
- FOTO: abadiasanisidro.es/galeria-hermano-rafael