A Prefeitura de Maringá, por meio da Secretaria de Saúde, divulgou os dados atualizados dos casos de sífilis na cidade. De acordo com o levantamento, de janeiro a outubro deste ano, foram notificados 359 casos da doença, sendo 281 (78,3%) homens e 78 mulheres (21,6%). No primeiro semestre foram registrados 202 casos na cidade. De julho a outubro, houve um aumento de 78,2%.
“É importante que a população se atente aos cuidados que se deve ter com relação à sífilis. A sífilis é uma doença sexualmente transmissível e que pode ser evitada com medidas preventivas, principalmente com uso de preservativos. Nós estamos acompanhando atentamente as notificações que vão surgindo e, principalmente, as regiões de Maringá com mais casos”, explica o secretário de Saúde, Clóvis Melo.
Conforme levantamento da Vigilância Epidemiológica, a maior incidência de casos de sífilis foi registrada na Policlínica Zona Sul, com 219 casos. O Hospital Universitário (HU) registrou 11 e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Zona Sul 12 casos. “Vemos grande concentração de casos de sífilis nas unidades de saúde que ficam em regiões universitárias da cidade ou nas proximidades”, afirma a gerente de epidemiologia, Maria Paula Botelho.
Sífilis – A sífilis pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (primário, secundário e terciário). A sífilis primária consiste em pequenas feridas nos órgãos genitais que podem desaparecer de forma espontânea, além de gânglios e ínguas na região da virilha. A secundária faz com que manchas vermelhas apareçam na pele, na mucosa da boca, nas palmas das mãos e nos pés, além de febre, dor de cabeça, mal-estar e linfonodos espalhados pelo corpo. A sífilis terciária compromete o sistema nervoso central e o sistema cardiovascular, causando inflamação da aorta, além de lesões na pele e ossos. Em casos de sintomas ou suspeita, a orientação é procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.
No caso de gestantes, a infecção por sífilis pode colocar em risco a saúde da mulher e, além disso, pode ser transmitida para o bebê. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal pode prevenir a sífilis congênita. ASC/PMM