Esse capítulo 25, final do evangelho de Mateus, antes do relato da Paixão, começa de novo com a história de uma festa de casamento. À espera do noivo, encontra-se um grupo de dez jovens, cinco das quais eram sensatas e prudentes e cinco imprevidentes. Normalmente, era o noivo que aguardava a noiva que chegava acompanhada por um cortejo de suas amigas.
Na escuridão da noite, essas jovens deviam iluminar com suas lâmpadas, na verdade tochas, o seu caminho até o local da festa. As imprudentes não trouxeram consigo óleo suficiente para suas lâmpadas. A espera foi grande e elas cansadas dormiram. Pela meia noite, foram acordadas com o grito de que o noivo estava chegando. As imprevidentes viram que suas lâmpadas já estavam se apagando e pediram óleo emprestado às companheiras prudentes. Estas aconselharam que fossem comprar nos vendedores, pois o que tinham trazido não seria suficiente para os dois grupos. O noivo chegou. As prudentes o acompanharam, entraram na festa e a porta se fechou. As outras, por fim, voltaram e disseram: “Senhor, Senhor! Abre-nos a porta! Ele, porém, respondeu: Em verdade vos digo: Eu não vos conheço!” (25, 11-12). O evangelho conclui: “Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”. As comunidades e nós somos chamados a esperar Jesus, preparados com nossas lâmpadas acesas e a manter viva nossa esperança e nosso compromisso de construir desde agora o Reinado de Deus entre nós. Somos chamados a construir nossa casa, de modo prudente, sobre a rocha e não de maneira insensata sobre a areia (Mt 7, 24-27). Jesus vai desconhecer aqueles que clamam sempre, “Senhor, Senhor”, mas que apenas ouvem suas palavras e não as colocam em prática (7, 21).