Na abertura, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que o “ódio vem se espalhando em uma velocidade alarmante”, afirmando que a negação e distorção do Holocausto estão se proliferando.
Intolerância religiosa
Ele adicionou que é necessário que todos defendam a verdade e a humanidade, trabalhando em colaboração para combater desinformação online e promovendo a educação como parte crítica da defesa contra indiferença e intolerância.
O tema deste ano, “Reconhecendo a coragem extraordinária das vítimas e sobreviventes do Holocausto”, destaca a força e resiliência daqueles que enfrentaram perseguição.
Ao citar a missão da ONU em defender a humanidade e agir contra todas as formas racismos e intolerância, ele lembrou os israelenses que foram vítimas dos ataques do Hamas em 7 de outubro e o crescimento do antissemitismo.
O secretário-geral adicionou que outras formas de fanatismo também devem ser condenadas, como ódio contra mulçumanos e violência contra minorias cristãs.
Este ano, o dia 27 de janeiro marca os 79 anos da liberação de Auschwitz, que foi o maior campo de concentração nazista.
Prevenção de genocídios
Sob a liderança da subsecretária-geral das Nações Unidas para Comunicações Globais, Melissa Fleming, a cerimônia também teve a participação de sobreviventes do Holocausto e do presidente da Assembleia Geral, Dennis Francis.
Francis também destacou o aumento de discursos de ódio e afirmou que o Holocausto deve ser um “alerta permanente para que nos mantenhamos vigilantes” contra a intolerância, a divisão e forças que buscar desumanizar e “demonizar”.
A sessão também teve a presença do representante permanente de Israel e de um representante da Missão dos Estados Unidos na ONU, destacando a busca promover a compreensão, a tolerância e a prevenção de genocídios futuros.
O evento anual organizado pelas Nações Unidas busca destacar a importância de preservar a memória do Holocausto como uma ferramenta vital para educar as gerações futuras, garantindo que as lições dolorosas do passado nunca sejam esquecidas.
Direitos Humanos
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos emitiu uma declaração para a data afirmando que este é um dia de profunda importância, quando as milhões de vítimas do Holocausto nazista são lembradas.
Segundo dados citados pela ONU, cerca de 6 milhões de judeus foram assassinados no Holocausto, sendo 1,5 milhão deles crianças. Milhões de outras pessoas de grupos-alvo também foram assassinadas.
O escritório alerta que foi a desumanização no Holocausto foi incompreensível e aterrorizante, sendo um dever buscar respostas sobre como evitar esses crimes e prevenir que eles aconteçam novamente.
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