Os hábitos estão a mudar e a pergunta coloca-se: será que as preocupações sanitárias vão implicar o desaparecimento do dinheiro líquido nas compras diárias? A verdade é que no Reino Unido, por exemplo, já em 2019 mais de metade dos pagamentos foram efetuados com cartão. Aliás, foi o primeiro ano em que tal aconteceu.
O risco de contaminação do novo coronavírus trouxe mais precauções e maior preferência pelo recurso ao pagamento sem contacto.
Abdul Virji tem um café que vende pastéis de nata em Londres e aponta que “tanto clientes, como empregados querem sentir-se seguros. A opção pelo pagamento sem contacto foi tomada imediatamente. As notas e moedas contêm muitos germes. É um fato. É mais fácil, portanto, reduzir o contacto entre os empregados e os clientes”.
Mas qual é realmente a opinião de quem está do outro lado? Nas ruas da capital britânica encontrámos quem considere esta tendência “um exagero, mas se acham que assim o pequeno comércio fica mais protegido, que seja”.
Há também quem assuma claramente preferir há muito “pagar com cartão, por isso nada mudou. É uma medida positiva e deverá tornar-se permanente”.
Por último, uma opinião dissonante: “não devia haver discriminação. Se alguém necessita pagar com dinheiro líquido, deve poder fazê-lo. Há pessoas com rotinas – como os autistas, por exemplo -, que têm os seus hábitos e a quem deve ser dada a possibilidade de escolher”, dizia-nos um londrino.
Há ainda outras alternativas: a crise sanitária fez disparar a circulação das chamadas criptomoedas, que é como quem diz dinheiro virtual.
fonte: euronews