Na tarde desta quinta-feira (6), mais uma vez, Auditores-Fiscais chegaram ao prédio da Justiça do Trabalho, em Maringá, usando as camisetas que lembram o assassinato ocorrido há 17 anos. Mas, por uma determinação do juiz, tiveram que retirá-la para acompanhar a audiência do julgamento do Caso Sevilha por meio de uma transmissão em vídeo, em uma sala separada, juntamente com advogados e estudantes de Direito. A presença do público continua impedida no plenário.
“Nós lutamos para que não se esqueça desse caso e que nunca mais aconteça”, afirmou Nory Celeste, diretora de Defesa Profissional do Sindifisco Nacional, Auditora-Fiscal ao ser questionada pela imprensa sobre os números da violência contra Auditores-Fiscais
A coordenadora-geral de Administração Aduaneira, Auditora-Fiscal Mirela Batista, acompanhou a audiência e assistiu à apresentação de 28 pedidos de anulação de provas apresentados pelos 28 advogados que representam os três réus. Um processo lento que se estendeu por toda a tarde e início da noite. Na avaliação de Mirela, o número elevado de pedidos de nulidade seria uma estratégia das defesas. “Praticamente não se falou nada sobre o caso em si. Estão só alegando questões processuais. Acredito que possa durar (o julgamento) vários dias”, avaliou Mirela Batista.
Estão sendo julgados o empresário Marcos Gottlieb, apontado como mandante do assassinato do Auditor-Fiscal José Antonio Sevilha, Fernando Ranea da Costa, apontado como executor, e o advogado Moacyr Macedo, que teria intermediado o contato entre os dois. A investigação apontou outros dois executores: Jorge Talarico, policial civil que morreu na prisão e Wilson Rodrigues da Silva que nunca foi localizado.