O Tribunal de Paris absolveu a Airbus e a Air France de homicídio involuntário no caso do acidente do voo Rio de Janeiro-Paris, de 1 de Junho de 2009. Avião caiu no mar e matou as 228 pessoas que seguiam a bordo.
A sentença é conhecida depois de 13 anos de intensa investigação e três meses de um julgamento tenso. As duas multinacionais pediram a absolvição, considerando que a sua responsabilidade no acidente não tinha sido provada.
Se tivessem sido consideradas culpadas, poderiam ter de pagar uma multa de 225 mil euros euros.
O tribunal estava cheio com familiares das vítimas, funcionários da Air France e da Airbus e jornalistas. A sentença foi recebida com surpresa. “Esperávamos um julgamento imparcial, não foi o caso. Estamos revoltados”, reagiu Danièle Lamy, presidente da associação “Entraide et Solidarité AF447”. “O que resta destes quase 14 anos de espera é desespero, consternação e raiva”, acrescentou.
Através de um comunicado de imprensa, a Air France garantiu que não vai esquecer as vítimas “deste terrível acidente” e expressou “as mais profundas condolências a todos os seus entes queridos.”
A Airbus considerou que esta decisão foi “consistente” com a investigação. O grupo também manifestou a sua “compaixão” aos familiares das vítimas, e reafirmou “total empenho em matéria de segurança da aviação”.
No dia 1 de junho de 2009, o voo AF447 que partiu do Rio de Janeiro com destino a Paris caiu no Atlântico a meio da noite, poucas horas depois da descolagem. Morreram todos os 216 passageiros e os 12 tripulantes.
A bordo do A330 estavam pessoas de 33 nacionalidades, incluindo 72 franceses e 58 brasileiros. EURO NEWS