O protesto na praça da catedral colocou em evidência a disposição que os profissionais do setor tem para realizar eventos observando todas as normas sanitárias previstas nos decretos que regulam a vida de Maringá nesse longo período de pandemia.
A manifestação pública se constituiu evento e os participantes demonstraram que são capazes de manter o distanciamento social e também de obedecer regras básicas como, uso correto da máscara.
O setor já completa seis meses sem poder trabalhar. Os vários decretos que flexibilizaram as atividades comerciais na cidade só criaram uma abertura mínima que concedeu a possibilidade de realizar eventos com no máximo trinta pessoas. Os empresários dizem que “ninguém faz evento para quinze pessoas”, e explicam que “os outros quinze liberados, são trabalhadores das empresas”.
No final do mês de agosto, a prefeitura chegou a anunciar uma data, 28 de setembro, para que os empresários pudessem enfim organizar eventos com até cem pessoas. Na época, as empresas pediram de poder começar antes, e de poder realizar eventos não com números fixos de pessoas, mas levando em consideração o espaço oferecido pela estrutura que acolhe o evento. “De lá para cá, a coisa esfriou”, diz um dos manifestantes, e hoje, a 18 dias da data prometida pela prefeitura, a municipalidade ainda não confirmou que realmente pretende concretizar a intenção através da publicação de um decreto.
O empresário Rony Cézar Guimarães, diz “que o ideal seria observar e seguir o decreto que a prefeitura de Cascavel publicou”. De acordo com Rony, dono da tradicional Casa de Eventos Moinho Vermelho, lá, “os eventos seguem regras que estipulam quantidade de pessoas em base ao espaço disponível e que tem funcionado muito bem”.
O QUE DIZ A PREFEITURA:
O chefe de gabinete em exercício, cargo acumulado pelo secretário de gestão Clóvis Augusto de Melo, informou à redação de O FATO MARINGÁ, “que a proposta da prefeitura de abrir para eventos com até cem pessoas está sendo analisada pela comissão de gerenciamento da prefeitura e que tem à frente, a Secretaria Municipal de Saúde e até representantes do Ministério Público”. Clóvis explica “que não depende somente da prefeitura, que existem regras à nível estadual e que é preciso que o Ministério Público dê seu aval à decisão”.
Sem precisar uma data, o secretário disse ainda, “que a comissão deve se pronunciar antes do dia estabelecido para a pretendida abertura”, mas ainda faltam 18 dias, e isso também é um dos fatores que tira o sono dos 3 mil empresários e dos mais de 9 mil trabalhadores que hoje foram representados bem nesse “evento de protesto” , mas que é sempre um evento, algo que os manifestantes querem voltar a fazer como trabalho.