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ARTIGO: A Cristianização dos candidatos a prefeito

Prof. Dr. Reginaldo Benedito Dias

Por O Fato Redação
26/11/2020
em MARINGÁ
ARTIGO: A Cristianização dos candidatos a prefeito
                
                    Prof. Dr. Reginaldo Benedito Dias
Na elaboração de uma estratégia eleitoral, recomenda-se que as duas campanhas, a majoritária e a proporcional, tenham composição sólida para que uma sustente a outra. Uma chapa de prefeito e vice-prefeito bem representativa, pelo grau de exposição, ajuda a atrair votos para todo o time. Inversamente, uma chapa forte de candidatos a vereador coloca em ação um exército a marchar nas diferenças casas do tabuleiro, dando capilaridade à campanha majoritária. Nas três vitórias recentes do PP (duas com Silvio Barros e uma com Carlos Roberto Pupin), é bem visível a exitosa articulação entre as chapas majoritária e proporcional.
 
Em determinadas situações, porém, há uma falta de sincronia entre uma e outra, gerando dois tipos de cenário. Em um deles, beneficiado por uma forte motivação conjuntural, o candidato a prefeito surpreende e faz muito mais votos do que as chapas de candidatos proporcionais que correspondem à sua campanha. Exemplos podem ser encontrados nas eleições de 1988, 2000 e 2016, quando os prefeitos eleitos (Ricardo Barros, José Cláudio e Ulisses Maia) contaram com a eleição de uma diminuta bancada de vereadores em suas fileiras. O outro cenário é aquele em que as chapas proporcionais obtêm um desempenho muito superior ao candidato a prefeito correspondente. Um exemplo foi a eleição de 2000, quando Jairo Gianoto fez uma votação inferior ao patamar atingido pelas chapas proporcionais que, em tese, deveriam apoiá-lo. Não raro, esses dois fenômenos acontecem em um mesmo certame e um condiciona o outro.
Na eleição de 2020, houve um misto de várias situações. O prefeito Ulisses Maia, candidato a reeleição, teve um leque mais amplo de candidatos a vereadores na base de sua campanha. Como expressão do êxito dos dois níveis de campanha, constata-se que 5 dos 15 eleitos vieram de suas fileiras. A colheita da chapa majoritária, porém, foi muito mais ampla, visto que o prefeito obteve 56% dos votos válidos, muito além da votação do seu exército de candidatos a vereador. É a lei da gravidade. Seu favoritismo garantiu a eleição da maior bancada de vereadores, mas também permitiu que eleitores de outros candidatos a prefeito votassem nele.
 
Com esse efeito gravitacional do favorito, houve um fenômeno que restou conhecido, na literatura política, como “cristianização”. O termo surgiu na campanha presidencial de 1950. Para garantir uma estrutura sólida para a sua candidatura, Getúlio Vargas tentou promover uma aliança entre o seu PTB e o PSD. Ocorre que o PSD, partido do presidente Dutra, que havia sido eleito com o apoio de Vargas, tinha candidato próprio, um dirigente mineiro chamado Cristiano Machado. Conformado com a impossibilidade de aliança formal, Vargas conseguiu atrair apoios de setores do PSD em alguns estados. A dinâmica da campanha fez o resto. Cristiano Machado foi bem votado em Minas Gerais, mas Vargas teve apoio informal de pessedistas de outros territórios e foi eleito presidente da República. Daí surgiu o termo “cristianizar”, fazendo referência a uma situação em que um candidato vê a migração de apoios e de eleitores para campanhas rivais.  Apesar do termo cristianizar evocar a lembrança de Jesus Cristo, estando subjacente a noção de sacrifício, a origem é o nome próprio do candidato do PSD em 1950. Se ele se chamasse Ademar de Barros, o termo seria “ademarizar”.
 
Fenômeno recorrente dos processos eleitorais de todos os níveis, ao que tudo indica, isso aconteceu na recente eleição municipal de Maringá. Basta comparar a votação dos candidatos a prefeito cujas legendas alcançaram uma cadeira na Câmara. O mais atingido foi Carlos Mariuci, da coligação PT, PDT e PC do B, que obteve a proporção de 15% dos votos conferidos ao somatório das três legendas. O segundo mais atingido foi José Luiz Bovo, que obteve 27%, pouco mais do ¼, dos votos da legenda. Logo depois vem Rogério Calazans, cuja votação corresponde a 45% dos votos da legenda proporcional. Na mesma faixa, vem Akemi Nishimori, com 46%. O deputado Homero Marchese obteve uma votação equilibrada na comparação das duas campanhas, embora as chapas proporcionais tenham atingido um patamar ligeiramente superior.  Terceira colocada no voto majoritário, a coronel Audilene obteve votação superior ao total atraído pelas chapas proporcionais, cujo desempenho, de resto, foi fraco. Por fim, o prefeito Ulisses Maia obteve quase o dobro dos votos destinados às campanhas proporcionais correspondentes.
 
Se isolarmos as campanhas majoritárias que fizeram oposição mais acirrada ao prefeito Ulisses Maia, também houve dissociação entre o voto a vereador e o voto a prefeito. Nesse caso, além daquelas legendas que atingiram uma cadeira, também pode ser citado o caso do advogado Eliseu Fortes, porta-voz consistente da oposição, cuja candidatura obteve a proporção de 64% dos votos destinados à chapa proporcional. Pode-se intuir que, nesse caso, os votos tenham ficado no próprio leito do núcleo duro da oposição, mas não se descarta que o prefeito Ulisses Maia tenha feito boa pescaria nessas águas revoltas. Comprovadamente, muitos eleitores usam o critério da afinidade pessoal para definir o voto a vereador e escolhem o prefeito por critérios mais amplos.
 
Em parte, esse descolamento pode ser feito espontaneamente pelos eleitores. Em parte, pode ser estimulado pelos candidatos a vereador, que fazem campanha solteira (basta ver os santinhos) ou ainda se deixam associar informalmente com outros candidatos a prefeito bem posicionados na intenção de votos.
 
 
Por fim, cabe salientar que a proibição das coligações proporcionais motivou o lançamento de um número recorde de candidatos a prefeito como fator de viabilizar as campanhas proporcionais. Salvo melhor juízo, tal benefício não ocorreu. A ampla maioria dos candidatos a prefeito recebeu menos votos do que as chapas proporcionais correspondentes. Os eleitores, não raro, deixaram-se influenciar pela maior viabilidade de outros candidatos a prefeito.

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