Entenda o caso:
leia a nota na íntegra:
“Não podemos tolerar nem fechar os olhos para qualquer tipo de racismo e pretender defender a sacralidade de cada vida humana. (Papa Francisco)
A Cáritas Arquidiocesana de Maringá, entidade de assessoramento à população em vulnerabilidade social de Maringá e região, vem a público manifestar seu mais absoluto e amplo REPÚDIO ao crime de violência contra pessoas imigrantes angolanos, no último final de semana nos dias 7 e 8 de novembro, nas dependências de um estabelecimento comercial em Maringá-PR, conforme amplamente divulgado na mídia local e regional.
Independentemente das motivações e do possível desfecho da investigação ora em curso, REPUDIAMOS o emprego de violência contra pessoas e a forma truculenta e desprezível com que os cidadãos imigrantes foram tratados. Tal ação violenta, além de deixar lesões corporais e psíquicas nas vítimas, abre fraturas profundas no tecido social, pois quebra as normas mais básicas de convivência social e ofende os princípios e as formas legais de resolução de conflitos.
REJEITAMOS, veementemente toda e qualquer violência xenófoba e racistas usada pelos agressores para injuriar, racialmente, e agredir as vítimas. Lembramos, que o Direito de ir e vir é Princípio Constitucional, e que constitui crime recusar ou impedir, por discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, acesso a estabelecimento comercial, negando-se a servir, atender ou receber cliente ou comprador. Por fim, reiteramos nosso pedido às instituições competentes para que se apure o ocorrido, e que sejam tomadas todas as ações de forma a sanar, ainda que parcialmente, os danos causados às vítimas e a sociedade, buscando garantir que tais atos de violência sejam coibidos e erradicados da sociedade.
Nada se ganha com a violência e muito se perde”.
Maringá, 10 de novembro de 2020.
Emerson Cícero de Carvalho
Presidente da Cáritas Arquidiocesana de Maringá
