A deputada Maria Victoria Barros ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná para lamentar o aumento de casos de feminicídio no Paraná. A deputada do PP, começou falando da morte a da advogada de Guarapuava, Tatiane Spitzner, que foi agredida e jogada pelo marido da sacada do apartamento onde viviam. O crime aconteceu dia 22 de julho de 2018.
Maria Victoria lembrou que já se passaram um ano e meio e apesar de toda a comoção que o caso provocou, a violência contra a mulher aumentou significativamente.
“Dessa vez o feminicídio passou muito perto de mim“, diz Maria Victoria, referindo-se ao feminicídio de Maria Glória Poltronieri Borges, bailarina maringaense. “Eu conhecia pessoalmente a Maria Glória – a Magó, estudei com a irmã Ana Clara no Colégio Marista e fiz aulas por muitos anos na Acadêmia da mãe, Daísa Poltronieri”, continou a deputada.
A deputada concluiu falando de seu projeto de lei que institui a “Quinzena Contra o Feminicídio”, lei que faz referência ao Tratado da ONU, já assinado por 192 países e que no Brasil ainda não foi oficializado. “Nós do Paraná seremos os primeiros a adotar essas medidas em tutela da mulher”, concluiu Maria Victoria.
NÚMEROS DO FEMINICÍDIO NO PARANÁ
O índice de feminicídios no Estado do Paraná aumentou 48% entre 2017 e 2018. Os dados são do “Anuário da Violência de 2019”, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Só em 2017, 41 mulheres tiveram morte violenta no Paraná no, em 2018, o número de feminicídios subiu para 61.
Só na região de Maringá foram registradas 38 mortes violentas de mulheres nos últimos 6 meses.
Os registros de boletins de ocorrência passaram de 14.147 casos em 2017 para 16.021 em 2018.
No Paraná, a cada 24 minutos uma mulher sofre algum tipo de violência. No Brasil, um ato de violência contra mulheres acontece a cada 2 minutos.