CASTILHO: Desafio agora “é repor saídas e não errar nas contratações”. Série D começa no final de abril

Técnico do Maringá Futebol Clube abordou tema em entrevista coletiva ao final da decisão do Paranaense contra o Athletico

foto - reprodução youtube MFC

Por José Carlos Leonel

SER VICE FOI UM GRANDE FEITO DIANTE DO ALTO NÍVEL DO ATHLETICO

O técnico Jorge Castilho queria muito o título de campeão paranaense; tanto que arriscou levar uma goleada tão grande quanto à que o Londrina levou nas semifinais. Ele colocou o time para frente, enfrentou o Furacão de igual para igual e no final do jogo de ontem, 6, em Curitiba, a derrota por 3 a 0 acabou não refletindo perfeitamente aquilo que foi a partida.

O Dogão foi valente, mordeu o tempo todo, e talvez, talvez, digo talvez, se aquela bola chutada por Morelli aos 23 minutos do primeiro-tempo tivesse entrado, a história poderia ter sido diferente, e mesmo que não fosse assim, mesmo que o Athletico tivesse virado e feito 3 a 1, teria feito mais justiça ao que o visitante produziu. Poderia ter sido 2 a 2 ou 3 a 3, mas não foi, porque o Athletico é muito forte e hoje é quase imbatível.

O vice campeonato de 2024 é o terceiro dele e do Maringá Futebol Clube, mas seguramente é o menos dolorido, porque o Athletico tem elenco e estrutura que faz inveja a muitos clubes europeus.

É MAIS DIFÍCIL SER CAMPEÃO PARANAENSE DO QUE SUBIR PARA C

Atualmente é mais difícil ser campeão paranaense do que subir para a Série C do Brasileirão. No estadual, além do internacional Furacão, temos que enfrentar o Coxa que alterna presenças nas séries A e B, o Operário que também alterna presenças em B e C, e ainda tem o Londrina que hoje está na C, mas esteve perto de subir à A.

ENTRE SAÍDAS E POSSÍVEIS REPOSIÇÕES, DOGÃO COMEÇA A PREPARAÇÃO PARA A SÉRIE D 

Em 22 dias o Dogão estará de novo em campo, agora para começar sua caminhada na Série D. O adversário da estreia no dia 29, é o Santo André (SP). O jogo será em casa, mas jogar contra um paulista é sempre difícil, ainda mais na estreia. O adversário não passou da primeira fase no Paulistão; só ganhou uma partida e foi na última das 12 rodadas conrtra a Ponte Preta que já estava classificada para a fase seguinte. O Santo André fez só 9 gols e tomou 22; empatou 5 e perdeu seis. Não é o máximo como time, mas as coisas por lá em termos de elenco podem ter mudado radicalmente.

Além do Santo André, o Grupo 7 tem ainda outros três paulistas; São José e Água Santa, Inter de Limeira. Além dos paulistas tem também o Costa Rica (MS) e os mineiros Patrocinense e Pouso Alegre.

É um grupo muito difícil, talvez o mais difícil entre todos os da Série D, mas com o elenco que o Dogão tem hoje, poderia até ficar entre os quatro que passam da primeira fase; o que viria depois é uma incógnita, mas poderia se ajustado na janela do meio do ano de 2024.

O problema é que o atual elenco deve perder peças importantes como o meia Zé Vítor que muitos dão como negócio fechado com o Athletico Paranaense; depois tem Marcos Vinícius que já estaria certo com o Avaí, Morelli que vai para o Coxa e ainda Rodrigo que é cobiçado por vários clubes, inclusive da Série B.

Na coletiva do pós jogo contra o Athletico, Castilho falou sobre o tema das saídas e das reposições. Segundo ele, a diretoria é consciente e já está trabalhando para repor as peças, mas deixou claro que é importante acertar nas contratações para poder manter o nível do elenco.

“Não dá para saber quantos jogadores perderemos. A diretoria está trabalhando as negociações das saídas e também as reposições. É verdade que falta pouco tempo para o início da Série D, e não podemos errar nas contratações para suprirmos adequadamente as saídas”, disse Castilho.

Castilho anuncia a reapresentação do time na quarta-feira, 10, data em que os atletas passarão por testes que abrirão os trabalhos de preparação para a estreia no certame nacional.