Os donos de restaurantes e quiosques de lanches, salgados e alimentos instalados nas praças de alimentações dos shoppings de Maringá não sabem mais o que fazer. Em 2.020, no primeiro período de lockdown na cidade, as atividades deles ficaram sem poder funcionar por 53 dias, e quando reabriu para funcionar só no delivery, só produziu prejuízos. A declaração é de André Conde, dono do restaurante Casa di Nonna, que fica no Shopping Mandacaru, zona norte da cidade.
Nesta terça-feira, às 11h30 da manhã, a redação de O FATO foi até à praça de alimentação onde está instalado o restaurante Casa di Nonna. O empresário, assim como a maioria dos donos de estabelecimentos da praça, ainda não estão atendendo.
Aguardamos por alguns minutos até que André terminasse uma reunião com sua gerente. A reunião tinha como objetivo traçar uma estratégia para atender no delivery a partir de amanhã, 17, mas percebemos que apesar dos esforços, tanto ele como seus empregados, seis atualmente, estão com muito desanimados.
“Não tenho como pagar os salários de meus colaboradores neste mês. Sinto uma dor no coração porque eles fazem parte da nossa família e sei que precisam do salário. Se temos que fechar, pelo menos precisamos que o Poder Público em seus vários níveis nos auxilie pagando os salários deles, caso contrário, muitos de nós fecharão as portas definitivamente, coisa que já vem acontecendo na cidade”, desabafa o empresário durante a entrevista em vídeo concedida a O FATO MARINGÁ.
veja a entrevista com André Conde – proprietário do Restaurante Casa di Nonna
Segundo André, a Casa di Nonna sempre trabalhou com o sistema self service e seu restaurante vendia cerca de 800 refeições aos domingos e uma média de 400 refeições por dia durante a semana. Até mesmo por isso, explica André, “não temos tradição na entrega de comida. Fica quase impossível para a gente prosseguir, mas nós estamos tentando e precisamos de ajuda”, conclui André Conde que não esconde sua emoção ao falar das dificuldades que ele e seus funcionários estão passando.