O documentário Saúde Oceânica, lançado pelo Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha (Rebimar), da Associação MarBrasil, conduz o espectador a uma jornada visualmente deslumbrante e educativa, repleta de descobertas e conhecimentos profundos sobre a saúde do maior remanescente contínuo de Mata Atlântica costeira.
Pesquisadores compartilham suas experiências em imersões submarinas, onde encontram espécies marinhas fascinantes e desvendam as intrincadas relações entre os diferentes elementos do ecossistema, como mar, manguezais, fauna e flora.
O Rebimar é um projeto de pesquisa pioneiro que reúne mais de 40 pesquisadores em linhas de estudo que se complementam, visando levantar dados e entender como está a saúde única desse ecossistema que envolve água, costões rochosos, solo e ambientes de transição como manguezais.
“São vários projetos trabalhando em conjunto. Isso nos trouxe várias discussões sobre como juntar isso, para entender o status de conservação da região olhando os fragmentos explorados pelos subprojetos”, explica André Cattani, coordenador geral do Rebimar, iniciativa patrocinada pela Petrobras e pelo Governo Federal.
Através de explorações incansáveis e tecnologia de ponta, professores, biólogos e oceanógrafos se uniram para conduzir as pesquisas fundamentais, buscando compreender o ecossistema e como ele interage com a sociedade atual, ou seja, como as pessoas se conectam e usam esses recursos ecológicos e serviços que a natureza oferece.
O filme é um testemunho da beleza, da complexidade e da fragilidade deste incrível ecossistema, e fortalece o poder da pesquisa e a importância de proteger nosso planeta para as gerações futuras. A produtora Olhar Nativo é a responsável pelo filme, com imagens e direção de Gabriel Marchi, premiado documentarista de vida selvagem. “O litoral sul tem uma beleza cênica particular, como ilhas oceânicas e enormes faixas de manguezais. Todo esse território é repleto de uma vida selvagem encantadora, que se assemelha e muito com a própria cultura dos moradores dessa região”, conta Marchi.
“Como um contador de histórias, há uma missão de enaltecer a beleza natural e as ações que são realizadas para que se mantenha assim. Existe toda uma educação ambiental que um documentário pode fazer para a sociedade. Não só mostrar imagens bonitas, isso é o mínimo que se espera de um filme de natureza, mas também mostrar as encantadoras histórias e desafios, criar uma sensibilização local para que mais pessoas venham a proteger todo esse território”, conclui o diretor de Saúde Oceânica.