Eliminação de áreas permeáveis na região central de Maringá pode ter causado alagamentos e ruptura da pista emborrachada

"Pista emborrachada é um sucesso e situação extraordinária não impedirá expansão a outras áreas da Maringá",

Eliminação de áreas permeáveis na região central de Maringá pode ter causado alagamentos e ruptura da pista emborrachada
                
                    "Pista emborrachada é um sucesso e situação extraordinária não impedirá expansão a outras áreas da Maringá",

“A população aprovou a pista emborrachada, temos projetos para instalarmos novas pistas em outros pontos da cidade como no estádio e também no Parque Alfredo Nyffler, e não vai ser avárias provocadas por uma chuva muito forte que vai nos impedir de prosseguir com a ideia. Em quase dois anos de uso, a pista emborrachada do Parque do Ingá não apresentou problemas, mas o grande volume de chuva num período tão breve e tão concentrado como aconteceu ontem, acabou criando uma situação extraordinária”, diz  Domingos Trevizan – Chefe de Gabinete do prefeito Ulisses Maia, sobre os ingentes danos que o evento climático provocou à estrutura tão apreciada por grande parte dos maringaenses. 

Veja a entrevista com Domingos Trevizan

De acordo com dados da Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM), ontem, 22, choveu 29,9 mm em apenas 40 minutos; Trevizan lembra “que quase a chuva ficou concentrada na área urbana da cidade, sobretudo na zona central”Para ele esse é apenas um dos fatores que criou a grave situação, que além dos danos à pista, causou também alagamentos em áreas como a da junção das avenidas Horácio Raccanello e Pedro Taques e baixada da avenida JK; 

“No caso do Parque do Ingá, toda a água das ruas que desembocam na avenida Laguna escorreram em direção ao parque, e consequentemente sobre a pista emborrachada provocando danos até mesmo no alambrado”, explica Trevizan.

Sobre os alagamentos, Trevizan disse que a prefeitura já eliminou pontos onde havia ineficiência da capacidade de absorção das galerias pluviais e citou a baixada da avenida Alexandre Rasgulaeff, onde foi necessário trocar toda a tubulação. 

“Hoje não temos mais problema naquela região, mas começam a surgir outros como esse da Raccanello com a Pedro Taques. É fácil identificar onde está o problema, e não é nos bueiros como muita gente imagina; criamos até um cesto para reter a sujeira e evitar que eles entupam. O problema está no excesso de prédios construídos muito rapidamente que eliminou áreas permeáveis de toda aquela região”, analisou o chefe de gabinete. 

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ESTUDO DA UEM BUSCA SOLUÇÃO PARA PROBLEMAS DE DRENAGEM NA REGIÃO DO INGÁ

Coincidentemente, a UEM acaba de entregar à Prefeitura de Maringá, um estudo preliminar da drenagem das águas pluviais da região do Parque do Ingá. “Técnicos especialistas da UEM estão preparando esse estudo especial que envolve as galerias pluviais e que vão indicar o que precisa ser feito para que o Lago possa receber água e não desapareça, pois o Parque do Ingá é um dos principais pontos turísticos de Maringá”, explicou Trevizan. 

Além do estudo da UEM, Trevizan afirma que a prefeitura tem outros estudos que buscam corrigir pontos onde há ineficiência das galerias pluviais. 

“EMPRESA JÁ FEZ VISTORIA PRELIMINAR NO LOCAL”

A empresa que realizou a obra da pista emborrachada no Parque do Ingá fez hoje, 23, pela manhã uma vistoria preliminar no local para entender os motivos que provocaram os danos. Cerca de 20% da pista foi danificada, mas Trevizan faz questão de observar “que os danos só aconteceram na região da Laguna”, onde o volume de água acumulada foi enorme.

“O mesmo método de execução usado nos outros 80% da pista, incluindo os das avenidas São Paulo e JK, também foi usado na Laguna, mas nesses outros pontos tudo ficou intacto”, diz Trevizan. “Independentemente disso, técnicos da Semob vão analisar a obra para verificar se houve falhas na execução, e se houve falha, a empresa será acionada, mas se foi a força da chuva então teremos que arcar com as consequências”, concluiu o chefe de gabinete