O secretário de Fazenda do município de Maringá – Orlando Chiqueto, apresentou na tarde desta terça-feira na Câmara Municipal, os dados relativos ao terceiro quadrimestre de 2022. A arrecadação do município superou em 3% a previsão presente na LOA. Chiqueto enfatizou que além do excesso de arrecadação, o município também teve êxito positivo na contenção das despesas que ficaram aquém da previsão.
“Fomos muito prudentes com as despesas e conseguimos gastar menos do que o previsto, mas não deixamos de realizar e entregar à população todos os serviços que havíamos programado”, enfatizou o secretário.
ARRECADAÇÃO COM ISS SUPERA A DO IPTU EM 2022
Em 2022 o campeão de arrecadação foi o Imposto sobre Serviços (ISS) que levou para os cofres públicos 45,4% dos recursos recolhidos. Em segundo lugar vem o IPTU com 34%, seguido pelo Imposto sobre transmissão de bens imóveis (ITBI) que angariou 12,41%.
MARINGÁ PREVIDÊNCIA LIDERA AS INTERFERÊNCIAS FINANCEIRAS
Dos mais de R$ 195 milhões que a prefeitura teve arcar com interferências financeiras, a liderar, está o aporte que o município tem que fazer para a Maringá Previdência.
A caixa previdenciária dos funcionários públicos recebeu em 2022 mais de R$ 148 milhões, cifra que equivale 76% do total. Em segundo lugar vem os recursos destinados à Câmara Municipal que recebeu quase R$ 29 milhões ou 14,82% do total.
POR QUE O MUNICÍPIO TEM QUE FAZER UM APORTE TÃO GRANDE ?
O secretário Chiqueto explicou a OFATOMARINGA.COM que o aporte para a Maringá Previdência é muito alto devido à segregação de massas ocorrida na administração no ano de 2008. “Os servidores contratados pelo município até aquele ano foram separados dos que seriam contratados posteriormente. Para os novos foi criado o Fundo Previdenciário que atualmente é superavitário, ou seja, que arrecada mais do que gasta e um Fundo Financeiro para os trabalhadores contratados anteriormente e que é deficitário. É justamente por causa desse déficit que o município tem que fazer aportes extraordinários para cobrir o buraco que se criou”, explica Chiqueto.
“É uma dívida que o município tem com os servidores que nasceram de decisões equivocadas, mas que tem que ser honradas pela administração”, concluiu o secretário.
Os dados apresentados hoje pelo secretário de Fazenda ainda serão analisados pela Comissão de FInanças e Orçamento da Câmara Municipal e submetidos a aprovação dos vereadores.