Equador anunciou ter retirado a cidadania a Julian Assange.
O fundador do site Wikileaks encontra-se detido numa prisão britânica desde abril de 2019.
A equipa de defesa de Assange já anunciou que vai recorrer da decisão.
As autoridades equatorianas apontam várias inconsistências no processo de aquisição de cidadania.
“Existia uma série de irregularidades nos documentos gerados à margem dos procedimentos habituais sem a participação direta das áreas competentes do ministério dos negócios estrangeiros”, afirma Carlos Alberto Velastegui, vice ministro da Mobilidade Humana do Equador.
O advogado de defesa de Julian Assange aponta igualmente falhas no processo jurídico.
“Insistimos que não foi dado o direito de defesa ao senhor Assange. Ele foi convocado judicialmente, entendendo que se encontra numa prisão britânica. Não se trata de uma situação em que ele poderia exercer o direito de defesa em liberdade”, afirma Carlos Poveda, advogado de Assange.
Foi em 2018 que Julian Assange recebeu a cidadania equatoriana numa tentativa falhada de adquirir estatuto diplomático a fim de abandonar a embaixada do Equador em Londres onde permaneceu durante sete anos.
Assange enfrenta pelo menos 17 acusações de espionagem nos Estados Unidos pela publicação de milhares de documentos militares e diplomáticos. euronews