Cerca de duzentas pessoas ligadas à Associação “Nenhuma a menos“, participaram neste domingo, 8, de um ato de protesto em frente ao Fórum de Maringá. O objetivo da manifestação intitulada “Justiça para Mariana Ferrer”, é contestar o veredicto judicial que inocentou o violentador da jovem blogueira catarinense alegando falta de provas. O programa do ato em curso prevê várias apresentações artísticas e também a abertura de espaço para que os participantes possam deixar suas mensagens de apoio à causa.
A Nenhuma a menos nasceu no início de 2020 após o estupro seguido de assassinato da jovem bailarina maringaense Maria Glória Poltronieri Borges. Magô, foi assassinada enquanto rezava nas proximidades de uma cachoeira em uma propriedade rural no município de Mandaguari.
O ato de hoje, serviu também para relembrar o caso do violentador que ainda não foi a julgamento.
“Cada vez mais, as mulheres tomam consciência de que é necessário cobrar uma mudança de comportamento da sociedade e mais severidade no julgamento dos agressores”, diz Andréia da Associação Nenhuma a Menos
Andréia na entrevista a Ligiane Ciola – O FATO MARINGÁ
A jovem advogada Liara também veio para frente do Fórum dar seu apoio à causa. Para ela, a justiça ainda pode corrigir o erro em uma estância superior para impedir que se abra um precendente perigoso que piore ainda mais a já trágica situação da mulher no Brasil.
“É um absurdo a forma em que tudo aconteceu no caso da Mariana; o judiciário tem algumas ferramentas que observa algumas leia que precisam ser revistas rapidamente. Espero que a OAB, que o Ministério Público e que todos os magistrados apoiem a revisão desse caso e que as mudanças necessárias aconteçam para que casos como esse não se repitam”
O CASO
Em 2018 a jovem de 23 anos participava de uma festa onde trabalhava como promoter quando foi estuprada pelo empresário André de Camargo Aranha Filho. Na sentença, o juiz Hudson Marcos da 3ª Vara Criminal de Florianópolis considerou que não havia provas suficientes para condenar o estuprador. O réu alegou que Mariana consentiu o ato sexual e que não havia modo de demonstrar que a jovem não estava incapacitada para consentri o ato sexual e que por isso não havia dolo.
O veredicto do juiz ficou conhecido internacionalmente como ” #estupro culposo “.
O FATO MARINGÁ acompanhou AO VIVO uma parte do ato que prosseguirá até às 18 horas no centro de Maringá.