Depois da NATO, foi agora a vez de os Estados Unidos da América (EUA) acusarem o Irão de estar a ajudar a Rússia a lançar drones na Crimeia. Washington denuncia que militares iranianos estão a prestar assistência técnica ao exército russo na utilização destes veículos não tripulados de fabrico iraniano “para criar medo” entre a população civil na Ucrânia.
A denúncia surge após, esta segunda-feira, estes drones terem sido usados para bombardear a capital ucraniana. Ned Price, porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, confirmou as suspeitas.
“Podemos confirmar que militares russos baseado na Crimeia tem pilotado drones iranianos e estado a usá-los para conduzir ataques cinéticos em toda a Ucrânia, incluindo ataques contra Kiev nos últimos dias. Temos conhecimento de que pessoal do exército iraniano esteve no terreno, na Crimeia, e ajudou a Rússia nestas operações. A Rússia recebeu dezenas destes drones até agora e provavelmente continuará a receber carregamentos adicionais no futuro”.
Milhares de pessoas retiradas de Kherson
Desde quarta-feira, data que marcou o início da evacuação forçada pela Rússia da região de Kherson, no Sul da Ucrânia, cerca de 15 mil foram já retiradas, através do rio Dnipro.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, acusa agora Moscovo de querer culpar os militares ucranianos pela possível destruição de uma barragem local, atualmente sob o controlo das tropas russas.
“De acordo com as nossas informações, a barragem da central hidroelétrica de Kakhovka foi minada por terroristas russos. Agora todos no mundo devem agir com força e rapidez para evitar outro ataque terrorista russo. Explodir a barragem seria uma catástrofe”, afirmou o chefe de Estado, esta quinta-feira, durante a sua mensagem noturna.
No terreno, a Cruz Vermelha continua a aguardar pela autorização de Moscovo para uma visita à prisão de Olenivka, onde se encontram dezenas de prisoneiros de guerra ucranianos. A organização chegou a ter luz verde para a visita, esta quinta-feira, mas a Rússia acabou por cancelar a missão alegando questões de segurança. euronews