Foto: Camila Tonett/Vice-governadoria
O vice-governador Darci Piana se reuniu nesta segunda-feira (28), no Palácio Iguaçu, com o embaixador da Suíça no Brasil, Pietro Lazzeri. Investimentos suíços na infraestrutura paranaense e o apoio mútuo em pesquisa e inovação foram assuntos de destaque no encontro com representantes do país europeu.
O Estado hoje conta com algumas das 450 empresas suíças no Brasil, um grande fluxo de exportações e uma escola suíço-brasileira sediada na Região Metropolitana de Curitiba. “Temos vários investimentos de empresas deste país no Paraná. Os bancos suíços estão procurando parceiros e formas de investir aqui e para nós isso é muito interessante tanto na área da infraestrutura como em tecnologia e inovação”, disse o vice-governador.
O panorama apresentado por ele aos representantes do governo suíço incluiu a posição do Estado como hub logístico da América Latina, a partir da modernização dos aeroportos e o projeto da Nova Ferroeste, que vai ligar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, ao Porto de Paranaguá.
O embaixador destacou que o Brasil foi escolhido por seu governo para ser um país prioritário em oportunidades de investimento. “No caso do Paraná, pensamos sobretudo na infraestrutura ferroviária. A Suíça tem grandes experiências e empresas na área. No futuro, vamos olhar isso juntos no quadro de privatizações e de mobilidade urbana, mas também em grandes projetos estruturantes”, disse.
COMÉRCIO
De 2020 para cá, mesmo com a pandemia, o volume de exportações do Paraná para a Suíça aumentou em cinco vezes, chegando a R$ 850 milhões. No mesmo período, as vendas suíças para o Estado foram de R$ 350 milhões, segundo Lazzeri.
“O Paraná tem uma posição estratégica no Mercosul, que tem acordo com a União Europeia. Queremos organizar uma missão para visitar o Estado com foco na infraestrutura, com representantes de grandes empresas suíças que podem participar em leilões”, acrescentou.
A embaixada suíça no Brasil conta com dois escritórios: um responsável pelos interesses ligados à economia e infraestrutura e outro para os interesses de ciência, tecnologia e inovação. “A nossa chefe do escritório científico da Suíça no Brasil está em contato com a Invest Paraná para identificar áreas para futuros acordos de apoio e investimento”, mencionou.
AGENDA
Piana falou, ainda, sobre o potencial do agronegócio paranaense. “Das dez maiores cooperativas da América do Sul, sete estão no Paraná”, disse ele, enfatizando que o progresso da agricultura e da indústria no Estado segue ao lado da sustentabilidade. “Temos o maior volume de mata atlântica no País e chegamos ao replantio de 5 milhões de árvores ao ano”.
A produção energética também foi destacada pelo vice-governador: “O Paraná é responsável por 34% da produção de energia elétrica do País e estamos investindo em geração de energia limpa a partir da biomassa e oferecemos financiamento da energia fotovoltaica para os criadores de aves e suínos”, explicou. Piana ainda citou o programa Paraná Trifásico, que vai substituir 25 mil quilômetros de linhas monofásicas para fortalecer a rede de energia na área rural.
SUÍÇA-PARANÁ
O Paraná tem presença suíça. Um dos destaques é a Colônia de Superagui, fundada em 1852 pelo cônsul suíço em São Paulo, Charles Perret-Gentil, que comprou 35 hectares na região de Guaraqueçaba. Treze famílias europeias, vindas da Suíça, França, Itália e Dinamarca, foram as primeiras a habitar área.
Atualmente, há duas escolas suíço-brasileiras em atividade no Brasil, uma delas no Paraná. A cônsul honorária da Suíça em Curitiba, Manuela Merki, disse que a escola suíço-brasileira, que fica em Pinhais, tem cerca de 750 alunos e foi aberta para atender à comunidade residente no Estado. Hoje está integrada à rede de ensino paranaense, recebe alunos das mais diversas origens e conta com professores de várias nacionalidades, inclusive suíços.
PRESENÇAS
Participaram da reunião o cônsul-geral da Suíça em São Paulo, Pierre Hagmann; o chefe interino do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores no Paraná (Erepar), Paulo Fernando Pinheiro; e o diretor técnico da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística, Rafael Halila Neves.
AEN/PR