Felizes aqueles que conseguiram um dos 911 convites para o Show de João Bosco e Coral Sanepar que rolou na linda noite de lua cheia desta sexta-feira, 30, no teatro Marista de Maringá.
Em termos energéticos, foi como um banho de sal grosso contra todos as energias ruins que cada expectador possa ter acumulado.
Elogiar a voz de João, seria senso comum, mas é bom lembrar que no alto de seus 80 anos, o cantor conserva uma frescor que não lhe obriga a mudar um vírgula em sua habitual e magnífica interpretação.
Não bastasse João, os músicos que o acompanham são de uma qualidade ímpar. Já no início do espetáculo houve momentos de solos com instrumentos de sopro, violão, baixo, percussão e bateria que arrancaram aplausos da plateia.
João Bosco abriu o show com as notórias, Nação, Incompatibilidade de Gênero, e Corsário; depois deixou o palco levando seu ofuscante brilho, para que os meninos e meninas do Coral brilhassem sozinhos mais do que já brilham. E foi aí que brotou de vez a qualidade sem igual do grupo que saciou de arte o público com músicas como Água de Beber de Tom Jobim, e Maria, Maria de Milton Nascimento.
Na terceira parte do show, o coral deixou o palco para que João voltasse. Em uma conversa com o público, antes de começar a cantar, ele lembrou e contou histórias sobre Bituca, Vinícius e Aldir Blanc, depois colocou todos “De frente pro Crime” que também foi cantada pelo coral, só que da plateia.
Nel Gran Finale, João e Coral Sanepar cantaram Papel Machê e o Bêbado e o Equilibrista. e aí companheiros e companheiras, de muitos olhos eu vi descer rios e cachoeiras de emoção.
O show, que é nutrição para a alma, deixa Maringá com todos devidamente alimentados, e segue para Londrina, Ponta Grossa e Guarapuava, onde vai acalmar corações que também precisam de alívio para a pressão da rotina do trabalho e de boletos para pagar quase todo dia.
O evento cultural de João e Coral Sanepar foi financiado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura, e deveria ser assistido por todos aqueles que menosprezam a manutenção da Cultura, que com certeza mudariam de ideia porque perceberiam que não há Nação sem Arte.
Bordando o Som, é uma realização artística da Paideia – Produções Artísticas, produção técnica da equipe do Trilhas Urbanas e tem na equipe de produção a maringaense Elis Ribeirete.
Assista a um trechinho do show em João Bosco e Coral cantam “Brinquedo de Papel Machê” e outros sucessos.
https://www.youtube.com/watch?v=sAKhDnFDnW8