Depois de uma noite com temperaturas a rondar os zero graus, as equipes de salvamento continuam a busca por sobreviventes dos terramotos que na segunda-feira atingiram a Turquia e a Síria. Países de todo o mundo mobilizam equipes para ajudar nos esforços de salvamento.
À medida que o número de mortos aumenta, a chuva, a neve e o tempo frio tornam mais difícil a busca de sobreviventes em edifícios desmoronados.
De acordo com a nova contagem fornecida esta terça-feira de manhã pela Afad, o Gabinete de Gestão de Desastres turco, o terramoto já matou 3.419 pessoas e feriu 20.534 só na Turquia. Este novo número de mortes provisórias eleva o número total de vítimas mortais, incluindo na Síria, para 5.021.
O primeiro terramoto de 7,8 magnitude, registado às 04:17 locais (menos três horas em Lisboa) teve o epicentro no sudeste da Turquia e afetou trágicamente o noroeste da Síria na segunda-feira. Foi sentido em diferentes partes do Médio Oriente e regsitado inclusivé em Portugal.
Nove horas depois, após várias réplicas, registou-se um segundo tremor-de-terra de magnitude 7,5 graus na escala de Richter.
Milhares de edifícios desmoronaram numa vasta área que se estende desde as cidades sírias de Aleppo e Hams até Diyarbakir da Turquia. Mais de sete mil pessoas foram retiradas vivas dos escombros.
Na Turquia, alguns dos feridos estão a ser transportados para Istambul enquanto as equipes de busca e salvamento, bombeiros e médicos trabalham em toda a região, juntamente com cerca de 3.500 soldados.
A vice-presidência da Turquia indicou que mais de 300 mil pessoas desalojadas pelo sismo foram acolhidas em centros universitários, abrigos e residências estudantis.
Para os sírios devastados pela guerra, o terramoto acumulou mais miséria numa região que tem vivido um sofrimento tremendo na última década.
Na Síria, o grupo de resgate Capacetes Brancos declarou o estado de emergência. EURO NEWS