Foto: Rawpixel/Arte por Gabriela Tacla
Sobre as vacinas, realmente a reinfecção é possível. Entretanto, as vacinas que são usadas no Brasil hoje (Coronavac e Oxford/AstraZeneca) conferem uma alta proteção contra as formas graves e fatais de Covid-19. Alguns estudos evidenciam que essa proteção está entre 80% e 100%, ou seja, a chance de contrair Covid-19 e necessitar de hospitalização diminui muito. Assim, a vacinação é fundamental para que possamos reduzir a pressão no sistema de saúde e fazer com que o vírus pare de circular.
Os face shields não são substitutos para as máscaras. Apesar de permitidos como uma ferramenta adicional para a proteção dos olhos, eles não cobrem completamente a boca e o nariz contra gotículas respiratórias. Devem ser utilizados juntamente com máscara e nunca sozinhos. São uma proteção a mais, mas não há necessidade de todas as pessoas utilizarem, as máscaras adequadas ainda são a proteção facial mais recomendada.
Por fim, para prevenção, os mesmos cuidados devem ser tomados, como uso de máscaras com três camadas de proteção; a lavagem frequente das mãos com água e sabão; o uso de álcool em gel; e o distanciamento social, pois são essenciais para diminuir o risco de contaminação, seja das variantes ou da cepa viral não-mutada.
O vírus influenza (vírus da gripe) apresenta características que permitem que sofra mutações com alta frequência, o que leva ao surgimento de novas cepas. Deste modo, a vacina da gripe é atualizada à medida que novas variantes surgem e por isso precisamos tomar a vacina todos os anos, para garantir que nos tornemos imunes às cepas em circulação. Os coronavírus já conhecidos têm frequência de mutação menor que a observada no vírus influenza, portanto seria esperado que as novas variantes do SARS-CoV-2 não surgissem com tanta facilidade. Porém, neste momento mais crítico da pandemia, observamos uma multiplicação descontrolada do vírus e, quanto mais ele multiplica, maior a chance de surgirem novas variantes. Como a Covid-19 é uma doença nova, ainda não temos dados suficientes sobre o SARS-CoV-2 que nos permitam determinar o intervalo entre as vacinações.