O diretor-executivo do Programa Mundial de Alimentos, PMA, esteve na Venezuela esta semana. David Beasley se encontrou com o presidente Nicolás Maduro e consolidou a expansão do trabalho no país, que deve chegar a 1 milhão de crianças em 2023.
O chefe do PMA afirmou que é possível fazer ainda mais pelos venezuelanos. Segundo ele, no próximo ano, a agência deve ampliar a cobertura do programa de merenda escolar no país e incluir o trabalho de desenvolvimento e resiliência.
Merenda escolar
O PMA precisa de US$ 190 milhões para atingir pelo menos 1 milhão de venezuelanos no próximo ano.
Na Venezuela, Beasley visitou ainda a península de Araya, no estado de Sucre, onde o PMA doa a merenda escolar desde julho.
O diretor-executivo conversou com professores, famílias e estudantes durante uma distribuição em duas escolas. Ele também esteve com representantes locais e autoridades.
Beasley ouviu moradores de Araya sobre o impacto positivo do programa de merenda escolar. Para ele, a iniciativa impulsiona o uso da renda familiar para cobrir outras necessidades diárias, já que seus filhos têm a garantia de uma refeição saudável todos os dias na escola.
Emergência humanitária
O PMA iniciou suas operações na Venezuela em abril do ano passado com a assinatura de um memorando de entendimento com o governo. O programa atual possui mais de 430 mil beneficiários.
O projeto também está melhorando as cozinhas escolares para que refeições nutritivas possam ser preparadas no local.
O PMA expandirá essa operação nos próximos meses, para atingir um total de um milhão de pessoas em 16 estados.
Chuvas e inundações
Além das merendas escolares, o PMA distribui alimentos para 20 mil pessoas afetadas pelas recentes chuvas e inundações em quatro estados venezuelanos.
A resposta da organização à emergência passa pela doação de arrecadações móveis e apoio a cantinas nas zonas mais impactadas.
“Estamos focados em levantar os fundos necessários para expandir esta linha de vida vital para mais famílias venezuelanas nos próximos meses.” ONU News