“Pronto.
Os locais onde principalmente vivem os brasileiros “ilegais” nos EUA já fazem parte do mapa de Trump: Flórida, Orlando, Miami e a região da grande Boston. Agora, é a caça às bruxas. Até os locais de trabalho dos ” espertinhos” estão na mira da fiscalização. Que prendam todos os “ilegais”. Considerados preguiços pelos irmãos do norte, os “hispânicos ou latinos são considerados violentos. Que os algemem com precaução: mãos e pés.
A verdade é que, mesmo humilhados durante a viagem da deportação, os ” ilegais” são alertados de que o preço da viagem será por conta deles.
A regra é clara – determina Trump- batidas policiais diárias. Todos os “ilegais” estão sujeitos a essa deportação em massa, que deverá ser a maior da história.
Da parte dos “ilegais”, existem os que foram para lá com o visto exigido pelas autoridades norte-americanas, mas que foram ficando por lá por prazo indeterminado. Finalmente, notaram que até os serviços domésticos eram remunerados por valores muitos superiores aos daqui, onde a maioria das domésticas, a exemplo do trabalho escravo do passado, nem mesmo são portadoras de carteiras profissionais. Ao chegarem lá, os ( as) ” ilegais” foram assumindo os mais diferentes tipos de trabalho, como os de atuação em lavanderias, jardins, piscinas, serviços como balconistas, pedreiros pintores, eletricistas, carpinteiros, atendimento a idosos ou crianças e um sem-número de oportunidades que surgissem. Mães que atuavam como trabalhadoras domésticas nos EUA, conseguiam não somente manter filhos brasileiros em Faculdades particulares, como até enviavam socorro em dólares a parentes em situação de fome.
Casamentos de ” ilegais” em que o cônjuge era nativo dos EUA também aconteceram, mas os bebês nascidos também estão na mira de Trump, que a eles pretende negar a cidadania estadunidense.
Por que tantos brasileiros para os EUA ? Ora, a maior parte dos nossos trabalhadores não recebe mais que o salário mínimo. Os filhos dos ex-trabalhadores do campo deixaram geralmente de contar com perspectivas de trabalho no campo. Aqui, prevaleceu o latifúndio do agronegócio. Tratores e modernas máquinas agrícolas são o suficiente para o cultivo da soja e da cana-de-açúcar, do plantio à colheita.
Entre nós, quem tem filhos jovens sabe como está difícil viabilizar- lhes emprego, mesmo na condição de portadores de diplomas em nível superior.
Entre nós, a maioria dos cidadãos norte-americanos costuma viver em grandes cidades, principalmente São Paulo, sem que de longe lhes passe qualquer inquietação alusiva à eventual deportação.
Do lado de lá, os nossos irmãos ” ilegais” estão assustados. Contra eles, a punição de dez anos sem novamente pisar em território estadunidense. Caso se revoltem, a proibição poderá ser vitalícia.
Identificados como brasileiros, hispânicos ou latinos, a ordem de Trump é clara: prender ao menos 1.200 “ilegais” por dia”.