Poucos usuários foram até o Terminal Urbano de Maringá na manhã deste segundo dia de paralisação do transporte público

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Pouca gente foi até o terminal urbano de Maringá nesta terça-feira, 9, segundo dia de paralisação dos trabalhadores da concessionária de transporte público. O segurança de turno disse à redação de O FATO MARINGÁ, que ao contrário do que aconteceu ontem, 8, quando centenas de pessoas passaram pelo terminal e muitas ficaram sentadas aguardando que o serviço retornasse ao normal na esperança de poder chegar ao trabalho, hoje só passou gente pela via de pedestres no centro do terminal ligando Tamandaré a Horácio Raccanello.

No terminal, encontramos apenas um engenheiro florestal aposentado que imaginavamos que não sabia da paralisação, mas não. O homem aproveitou a tranquilidade do lugar que fica próximo à sua residência e veio para o local ler um livro na maior tranquilidade.

Por lá hoje, não vimos nenhum trabalhador furando o movimento paredista e nem cheiro de ônibus passando pelo enorme Elefante Branco plantado no centro da cidade a serviço de um modelo de transporte ineficiente e caro para o usuário, que há um bom tempo já passou a  buscar outras alternativas para se deslocarem. 

Veja o relato AO VIVO de José Carlos Leonel 

Resumo do primeiro dia de paralisação: 

USUÁRIOS NUM TERMINAL SEM ÔNIBUS

O transporte coletivo de Maringá parou nesta segunda-feira, 8, deixou os usuários na mão e a cidade viveu um dia de cão no trânsito. Muita gente optou pelo Uber ou por ir para o trabalho com o carro, e o aumento no movimento de carros circulando na cidade foi perceptível. Muitos desavisados foram para o terminal urbano Said Felício Ferreira nas primeiras horas da manhã e acabaram ficando na mão.

Funcionários de um matadouro de frangos que fica fora do centro urbano disseram que aguardavam para ver se a empresa mandaria um carro buscá-los no terminal, caso contrário perderiam o dia de trabalho. “Para ir de Uber, mesmo dividindo o valor da corrida, fica muito caro”, disse um dos trabalhadores sentado no banco do terminal.

FUNCIONÁRIOS EM FRENTE À GARAGEM DA CONCESSIONÁRIA

Os funcionários da concessionária de transporte público urbano se concentraram em frente aos portões da empresa e de lá, nenhum ônibus saiu para servir a cidade. A direção da empresa fez uma longa reunião com uma comissão formada por trabalhadores e sindicalistas, mas não houve acordo. Valdeir é motorista há 13 anos e diz “que as condições de trabalho e a perda de direitos tem sido uma constante nos últimos anos”, mas que receber só metade do salario era inaceitável. “Somos pais de família e precisamos do salário para viver”

COLETIVA NA PREFEITURA

Ás 9 da manhã, a comissão de gestão da crise do transporte público da prefeitura de Maringá concedeu entrevista coletiva à imprensa e anunciou que enviaria duas notificações à concessionária. A primeira solicitando que a empresa apresente detalhadamente sua situação financeira, e a segunda para que ela garanta a efetividade de 30% de circulação do transporte na cidade. 

A TCCC

No final da tarde a TCCC através de seu administrador, Roberto Jacomelli, informou que havia pago o resíduo salarial de janeiro e enviou comunicação aos trabalhadores pedindo que retornem ao trabalho para obedecer o que determina a lei, ou seja, de manter pelo menos 30% da frota e dos trabalhadores em atividade. 

Diz a comunicação da TCCC:

“SENHOR COLABORADOR:
Considerando que a motivação da paralisação dos serviços, das empresas TCCC e CIDADE VERDE, na data de hoje – (08-02-2021) – se deu em razão da falta de recursos para o pagamento do salário do mês de janeiro de 2021, em sua totalidade, pela baixa demanda de passageiros provocada pela pandemia do CORONAVÍRUS; 

Considerando que as empresas desde o dia 05 de fevereiro de 2021, vem buscando recursos para complementar a diferença, devidamente efetivada no dia de hoje, (08-02-2021);


Pedimos a sua compreensão e que retorne ao serviço de imediato, vez que prestamos serviço essencial a população usuária do sistema nas cidades de Maringá, Sarandi, Paiçandu, Dr. Camargo, Floresta e Itambé.


Não acredite que este seja o melhor momento para manter os serviços parados em busca de outras melhorias, vez que tais reinvindicações só poderão ser avaliadas, com a retomada dos serviços das empresas em sua normalidade.
Atte.
Direção”

PARALISAÇÃO CONTINUA

Mesmo com a notícia do pagamento do resíduo salarial, o sindicato da categoria (SINTTROMAR) já avisou que o movimento paredista vai continuar. O sindicato não informou se pretende atender o pedido da empresa para que pelo menos 30% dos trabalhadores retornem às atividades. Amanhã vai ser mais um dia de cão para os usuários do transporte público e no trânsito da cidade.

AGORA NA TV WEB – O FATO MARINGÁ 

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